Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Médica conta reação de Preta Gil ao descobrir que tratamento não funcionou: 'Senti uma faca no meu peito'

Cantora ficou abalada com a informação

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 9 de agosto de 2025 às 06:55

Preta Gil
Preta Gil Crédito: Reprodução

A médica Roberta Saretta, que acompanhou Preta Gil durante todo o tratamento contra o câncer, revelou detalhes dos últimos momentos da artista. Ela estava com a cantora nos Estados Unidos, onde Preta realizava um protocolo experimental, quando recebeu a missão de comunicar o resultado do último PET - exame de imagem usado para avaliar o fluxo sanguíneo e a atividade no cérebro e coração, bem como para detectar câncer e outras anormalidades -, em março de 2025. O exame mostrou que a doença havia se espalhado para o fígado e os pulmões.

Preta Gil por Reprodução e Divulgação

Em entrevista ao jornal O Globo, ela contou ainda qual o pior dia do processo da cantora. “Além do dia da morte, foi quando eu tive de dar a notícia do resultado do último PET, em março de 2025. O exame mostrou que a doença tinha se espalhado por outros órgãos, como fígado e pulmões. Fui na capela do Sírio pedir forças. Quando entrei para falar com ela, o quarto estava cheio de amigos, como sempre. Perguntei se ela preferia ter a conversa a sós com os médicos. Pela primeira vez, ela pediu para as pessoas saírem”, contou.

Segundo Roberta, ao perceber a gravidade, Preta fez uma pergunta direta: “Tenho a impressão que ela me sentiu, viu no meu rosto algo estranho. Não tinha como ser diferente, meu vínculo com ela, com a família toda, era e é profundo. Senti uma faca no meu peito. Ao saber, ela me perguntou: ‘Se eu não fizer nada quanto tempo tenho de vida?’. Respondi: ‘De seis a oito meses’. [Ela perguntou] ‘Tem alguma coisa para eu fazer? Eu vou morrer?’. Explicamos então que havia protocolos de pesquisa nos Estados Unidos com medicamentos que poderiam evitar a progressão rápida”, disse à publicação.

A médica explicou que o tratamento experimental era uma terapia alvo, quimioterapia intravenosa contra uma mutação específica. “O câncer da Preta tinha mais de uma mutação. Depois de quatro sessões ela teve uma infecção e precisou interromper o protocolo, ficou uns dez dias sem o tratamento. Voltou, fez mais uma sessão e notaram que os rins estavam enfraquecidos, a doença havia progredido. Ela teve de parar”, disse.

Com a interrupção, Roberta decidiu levar a artista de volta ao Brasil. “Recebi a notícia numa quinta-feira, cheguei com a Flora na casa em que ela estava em Nova York no sábado de manhã. Quando me aproximei, ela arregalou os olhos grandes e lindos e eu falei: ‘Vamos para casa’. Programamos a volta para o dia seguinte. Eu voltaria com ela em um avião UTI do aeroporto de Long Island, Flora com os familiares e amigos em um voo comercial, do aeroporto JFK”, contou.

No dia do embarque, Preta passou mal já a caminho do aeroporto. “Quando a ambulância chegou para levá-la ao aeroporto e os paramédicos mediram as taxas, ela estava estável, com índices normais, pressão, eletro, tudo. Ela queria, com todas as forças, chegar no Brasil. Durante o trajeto de uma hora e 20 minutos até o avião, fiquei de frente para ela, repetindo que a levaria para casa. Ela foi acordada o tempo todo. Ao chegar no aeroporto, ela passou mal, vomitou”, disse.

Roberta ainda relatou as últimas palavras que trocou com a artista. “‘Estamos quase lá', eu falei. ‘Preta, você dá conta de viajar? Segura mais um pouco?’. E ouvi a resposta: ‘Não dou conta’. Pedi para o paramédico nos levar ao hospital mais próximo. Chegamos em oito minutos. Quiseram reanimá-la, poucos minutos depois ela se foi”.