Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Medo de não ter dinheiro pode engordar; entenda

Ansiedade financeira pode interferir nos hormônios, nos hábitos e até na relação com a comida, favorecendo o ganho de peso

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 28 de abril de 2025 às 10:00

Aprender a lidar com os erros é essencial para emagrecer de forma saudável (Imagem: Garna Zarina | Shutterstock)
Medo de não ter dinheiro pode engordar; entenda Crédito: Garna Zarina | Shutterstock

Sentir-se constantemente preocupado com as finanças pode afetar muito mais do que o humor: também pode refletir diretamente na balança. A chamada ansiedade financeira, cada vez mais comum entre jovens e adultos, é um tipo de estresse crônico que pode alterar o comportamento alimentar, atrapalhar o metabolismo e contribuir para o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal.

  • Comer para aliviar a pressão: Um dos efeitos mais frequentes da ansiedade intensa é o aumento da compulsão alimentar. Em vez de ser apenas fome, o impulso de comer vira uma forma de tentar lidar com emoções difíceis. Segundo a psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, esse mecanismo pode se tornar um ciclo vicioso: “a pessoa come para aliviar a angústia, mas depois sente culpa, o que só reforça a ansiedade”.

  • Cortisol: O estresse financeiro constante eleva os níveis de cortisol, o principal hormônio do estresse. Em excesso, ele pode aumentar o apetite, incentivar a busca por alimentos calóricos e ainda dificultar a queima de gordura, especialmente na barriga. De acordo com o endocrinologista Dr. Leonardo Sebba, “situações como dívidas ou desemprego fazem o corpo entrar em modo de alerta, o que prejudica o metabolismo e favorece o ganho de peso”.

  • Sono ruim, pouca atividade e más escolhas: Além do apetite alterado, a ansiedade afeta o sono, diminui a disposição para exercícios e pode levar a uma alimentação menos nutritiva com mais industrializados e menos alimentos frescos. Esses três fatores juntos criam um cenário perfeito para o aumento de peso.

Como lidar com o problema sem recorrer à comida?

Para evitar que a ansiedade financeira afete sua saúde física e emocional, vale apostar em algumas estratégias:

  • Organização financeira: montar um planejamento simples já ajuda a reduzir a sensação de descontrole.
  • Apoio emocional: dividir o peso das preocupações com pessoas de confiança ou buscar ajuda profissional pode aliviar a carga.
  • Hábitos saudáveis: praticar exercícios, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada são formas de cuidar do corpo e da mente.
  • Fuja das compensações: em vez de recorrer à comida, tente substituir por atividades prazerosas e relaxantes, como música, leitura ou meditação.

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, especialista em transtornos de comportamento e autora de livros como Mentes Ansiosas e Mentes Insaciáveis, reforça que a comida pode parecer uma solução imediata, mas os efeitos são passageiros. “A ansiedade tende a voltar ainda mais forte, junto com a culpa e o desconforto físico”, explica.

Se o medo de não conseguir pagar as contas começa a refletir na sua saúde, é hora de buscar apoio. Psicólogos, endocrinologistas e até educadores financeiros podem ajudar a enfrentar esse desafio de forma mais leve e saudável.