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Micro-ondas faz mal à saúde? O que ninguém te contou sobre o uso desse aparelho

Acabe com as dúvidas: a segurança do micro-ondas em foco

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 09:12

Por que a ciência diz que seu micro-ondas não é um risco.
Por que a ciência diz que seu micro-ondas não é um risco. Crédito: Pexels

A ideia de que micro-ondas causam câncer é um dos mitos mais persistentes da modernidade, gerando preocupação em muitas famílias. No entanto, a comunidade científica é unânime: não há evidências que apoiem essa afirmação. É hora de separar a ficção da realidade.

Pesquisas indicam que grande parte da população confunde causas reais de câncer com crenças sem comprovação, como a exposição a campos eletromagnéticos, incluindo os de micro-ondas. Essa falha na comunicação científica é uma preocupação global.

Essa percepção distorcida pode induzir ao fatalismo, levando as pessoas a ignorar fatores de risco verdadeiros, como o consumo de cigarro ou uma dieta desequilibrada. O foco deve estar em medidas de saúde que realmente fazem a diferença.

Micro-ondas é prático, mas alguns alimentos podem causar problemas; use a função "descongelar" do micro-ondas (geralmente a potência mais baixa) por Freepik

Tipos de radiação e segurança

É fundamental distinguir entre radiação ionizante e não ionizante para entender a segurança dos micro-ondas. A radiação ionizante, como a de raios-X em altas doses, pode danificar o DNA e, sim, aumentar o risco de câncer com exposição repetida.

Por outro lado, a radiação não ionizante não possui energia suficiente para destruir moléculas ou alterar o DNA. As micro-ondas se enquadram nesta categoria, assim como as ondas de rádio, que atravessam nosso corpo sem provocar efeitos biológicos adversos.

O limiar de energia para danos ao DNA é de 12,4 elétron-volts. A radiação emitida pelo micro-ondas tem uma energia dez mil vezes menor que esse valor. Ou seja, ela é inofensiva para as estruturas celulares e, portanto, não causa câncer.

O calor do micro-ondas

O aquecimento dos alimentos no micro-ondas é um processo físico conhecido como aquecimento dielétrico. O magnetron, componente central do forno, gera micro-ondas que são refletidas pelas paredes metálicas, concentrando-se na comida.

As micro-ondas fazem com que as moléculas de água, que são polares e agem como pequenos ímãs, girem rapidamente para se alinhar com o campo eletromagnético em constante mudança. Esse movimento ocorre bilhões de vezes por segundo.

A fricção gerada pela rotação das moléculas de água contra as moléculas vizinhas transforma essa energia de movimento em calor, aquecendo o alimento. Esse processo é eficaz e não "contamina" a comida de forma alguma, sendo apenas uma transferência de energia.

Design seguro e órgãos de controle

A segurança dos micro-ondas é uma prioridade em seu design. As paredes de metal do forno e a tela protetora na porta impedem a saída da radiação, garantindo que as micro-ondas permaneçam confinadas onde devem estar: dentro do aparelho.

No Brasil, a portaria do Inmetro estabelece que micro-ondas novos devem passar por testes que confirmam a ausência de emissões perigosas. Isso assegura que os produtos no mercado cumprem as normas de segurança para proteção do consumidor.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio do seu Projeto Internacional EMF, tem coletado dados científicos sobre a radiação eletromagnética desde 1996. Suas revisões não encontraram evidências de riscos à saúde em exposições de baixo nível.

Conclui-se, portanto, que a utilização de fornos micro-ondas em boas condições é segura. As preocupações com o câncer são infundadas, e a ciência apoia o uso desses aparelhos práticos, desmistificando medos e garantindo sua tranquilidade na cozinha.