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Morre Koyo Kouoh, primeira curadora africana da Bienal de Veneza, aos 57 anos

Referência mundial na arte contemporânea morreu de forma “prematura e surpreendente”, segundo a organização do evento.

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 11 de maio de 2025 às 10:05

Koyo Kouoh tinha 57 anos Crédito: Reprodução/Bienal de Veneza

A Bienal de Veneza, um dos maiores eventos de arte contemporânea do mundo, anunciou neste sábado (11) a morte repentina de Koyo Kouoh, aos 57 anos. Nascida nos Camarões e criada na Suíça, ela havia sido escolhida para curar a próxima edição da mostra, prevista para 2026, sendo a primeira mulher africana a ocupar o cargo.

Em nota oficial, a Bienal lamentou profundamente a perda. “Sua morte surpreendente e prematura deixa um imenso vazio no mundo da arte contemporânea e na comunidade internacional de artistas, curadores e especialistas, que apreciaram o seu extraordinário empenho intelectual e humano”, declarou a instituição.

Kouoh era conhecida por seu trabalho focado em temáticas decoloniais, feministas e afrocentradas, com forte atuação no continente africano e no cenário global. Desde 2019, dirigia o Zeitz Museum of Contemporary Art Africa, na Cidade do Cabo, onde também exercia a função de curadora-chefe. Em 2020, recebeu o prestigiado Prêmio Méret Oppenheim, concedido a artistas suíços de destaque.

Ao comentar sua nomeação em dezembro de 2023, o presidente da Bienal, Pietrangelo Buttafuoco, celebrou sua visão: “A sua perspectiva de curadora, acadêmica e figura pública influente vai ao encontro das inteligências mais refinadas, mais jovens e mais disruptivas. Com ela, a Bienal confirma o que oferece ao mundo há mais de um século: ser a casa do futuro.”

A edição que seria comandada por Kouoh seguiria a tendência de destacar regiões historicamente marginalizadas no circuito internacional da arte, como ressaltou o jornal La Repubblica. Sua curadoria prometia trazer novos olhares e narrativas para o centro do debate artístico global.