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Agência Correio
Publicado em 1 de julho de 2025 às 17:30
Com as fortes chuvas e alagamentos, é natural que animais silvestres, como cobras, busquem refúgio em áreas residenciais. Eles tentam escapar da lama e da água, o que aumenta consideravelmente o risco de encontros perigosos, principalmente com espécies peçonhentas que podem surgir em quintais, garagens e até dentro das casas. >
As enchentes de verão, que já causaram muitos transtornos, também afetam a vida selvagem. Cobras, assim como os humanos, sofrem com as inundações em seus habitats. Elas procuram locais mais secos para sobreviver, e esses lugares podem ser justamente as nossas residências, gerando surpresa e preocupação para os moradores.>
Para garantir a segurança de todos, é fundamental saber como proceder diante dessa situação. O Instituto Butantan, uma das maiores autoridades no assunto, oferece diretrizes claras e eficazes para lidar com a presença de cobras, enfatizando a importância de uma reação segura e informada diante do inesperado.>
Animais peçonhentos
A principal orientação é não tocar no animal sob nenhuma circunstância. Em vez disso, entre em contato imediatamente com profissionais capacitados. Tentar manusear a cobra sem o devido treinamento pode ser extremamente perigoso, aumentando o risco de acidentes e picadas, especialmente se for uma espécie venenosa.>
Entre as espécies mais comuns em áreas alagadas estão a Jararacuçu, uma cobra grande e agressiva, com até 1,70 metro e coloração escura, e a Jararaca, menor, mas igualmente venenosa, frequente na Mata Atlântica. A Coral-verdadeira, apesar de pequena, é perigosa e exige cautela. O reconhecimento é vital para a segurança.>
O especialista Giuseppe Puorto, do Instituto Butantan, alerta para a dificuldade em distinguir a coral-verdadeira da falsa coral. "Ao encontrar uma cobra com padrão coral, mantenha distância. Elas são muito rápidas e geralmente fogem ao perceberem a presença humana", afirma. A cautela é a melhor atitude para evitar riscos.>
Se uma picada ocorrer, mantenha a tranquilidade. Giuseppe aconselha: "Evite correr, pois isso pode agravar os efeitos do veneno e causar outras lesões." Não amarre, não use torniquetes, nem aplique substâncias caseiras no local. Lave a área com água e sabão e procure atendimento médico urgente, sem perda de tempo.>