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O que tem na caverna que nenhum homem poderá se aproximar pelos próximos 100 mil anos

Local será destinado a guardar rejeitos altamente perigosos para a vida e para a natureza

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 06:15

A estratégia é considerada a mais segura possível
A estratégia é considerada a mais segura possível Crédito: Imagem gerada por IA

A Finlândia será o primeiro país a construir uma espécie de “caverna permanente” para armazenar combustível nuclear já gasto, planejada para durar cerca de 100 mil anos. 

Caverna permanente, na Finlândia por Divulgação

De acordo com a rede americana CNBC, a iniciativa inédita, desenvolvida pela companhia Posiva, é tratada como um marco para o uso responsável da energia nuclear e até como exemplo para outras nações.

Uma solução sem precedentes

Os restos produzidos nas usinas, chamados de resíduos nucleares, apresentam grandes riscos ambientais por causa da radiação intensa que possuem.

Por esse motivo, são selados em recipientes próprios e enviados para pontos de descarte reforçados com concreto, onde permanecem por prazos enormes, como acontecerá na “caverna geológica” finlandesa.

Segundo a CNBC, a expectativa é que o local esteja em funcionamento até 2026.

Nessa instalação, o combustível atômico já usado será colocado em cápsulas blindadas e enterrado a mais de 400 metros de profundidade, em uma área rochosa no sudoeste da Finlândia.

Esses contêineres, feitos com cobre de alta resistência, ficarão totalmente isolados da superfície e guardados no subsolo batizado de “Onkalo” por dezenas de milhares de anos.

O longo caminho até aqui

Apesar de ser a primeira a erguer esse tipo de repositório definitivo, a Finlândia levou vários anos para chegar a essa etapa.

As primeiras ações começaram em 2004, quando o ponto foi escolhido e tiveram início estudos e escavações. A perfuração da “caverna”, entretanto, só começou em maio de 2021.

Desde o início da chamada “era nuclear”, há mais de meio século, uma das maiores dificuldades tem sido justamente dar destino ao material radioativo que sobra das usinas.

O plano finlandês para lidar com resíduos nucleares começou em 1983, com a criação de dois depósitos temporários para armazenar lixo atômico.

Mais tarde, em 1995, o governo fundou a Posiva Oy, encarregada de elaborar a solução de armazenamento subterrâneo. Após quase dez anos de análises, surgiu o projeto do “Onkalo”.

Por que o subsolo é a resposta

De acordo com a World Nuclear Association, a estratégia considerada mais segura sempre foi esconder os resíduos bem abaixo do solo.

Na prática, entretanto, essa medida vinha sendo adotada apenas de forma provisória, até que se encontrasse uma solução definitiva.

Situação em outras partes do mundo

Nos Estados Unidos, por exemplo, o lixo atômico continua guardado em “contentores secos” instalados nas próprias centrais nucleares, já que projetos de longa duração não foram adiante.

O governo americano chegou a gastar bilhões de dólares em propostas que iam desde soterrar os rejeitos em montanhas de Nevada até depositá-los em enormes camadas de sal no subsolo do Novo México.