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Giuliana Mancini
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 10:26
O perito criminal Eduardo Llanos analisou cenas de "Vale Tudo" e cravou quem matou a vilã Odete Roitman (Débora Bloch). Para o especialista - que trabalha no ramo há 30 anos e comanda a SECRIM - Sewell Criminalística, uma das principais empresas do segmento - há um personagem que se destaca dos demais graças à trajetória balística. E não é nenhum dos cinco principais suspeitos.>
"Se nós analisarmos a trajetória balística, eu arrisco a falar que foi alguém de baixa estatura ou que se encontrava sentado em uma cadeira, ou mesmo em uma cadeira de rodas", afirmou, em entrevista à Splash, do UOL.>
Morte de Odete Roitman em 'Vale Tudo'
De acordo com Llanos, o autor do disparo estava sentado no momento em que cometeu o crime. Considerando que Leonardo (Guilherme Magon) é o único cadeirante entre os personagens, ele desponta como o principal suspeito na análise do perito. >
Considerando a empunhadura perfeita da arma, a trajetória balística e a marca na parede, Maria de Fátima (Bella Campos) seria a mais provável entre os suspeitos na lista da autora Manuela Dias. A atriz Bella Campos tem 1m62, enquanto Débora Bloch mede 1m64.>
Marco Aurélio (Alexandre Nero) e Cesar (Cauã Reymond) são os mais altos entre os principais suspeitos. O primeiro tem cerca de 1m80, enquanto o viúvo de Odete mede 1m82. As outras duas na relação são Celina (Malu Galli), que tem 1m73, e Heleninha (Paola Oliveira), com 1m70.>
5 principais suspeitos da morte de Odete Roitman em 'Vale Tudo'
Ainda segundo o perito, é possível que uma pessoa alta efetue o disparo de baixo para cima, como aponta a simulação da trajetória balística. Porém, não isso não estaria considerando a empunhadura perfeita, conforme sugere a cena que mostra a morte de Odete.>
Eduardo Llanos ainda apontou duas inconsistências apresentadas nas cenas. A primeira é que os personagem não se preocuparam em disfarçar as digitais no momento em que estiveram no quarto de Odete Roitman. Desta forma, quem não cometeu o crime arriscou ser acusado injustamente por deixar material biológico no local.>
O outro ponto apresentado pelo especialista envolve as câmeras de segurança que, normalmente, apresentam os horários. Isso facilitaria a identificação cronológica - e, portanto, seria mais fácil entender qual foi a ordem de pessoas que entraram no quarto e desvendar o crime.>
"Se a primeira pessoa entrou para matar e foi embora sem executar, não existe lógica. Ou seja, precisa ser a primeira pessoa que entrou no local. Vai depender muito da escritora, tudo pode acontecer. Mas, na cabeça de um perito, isso é totalmente divergente", falou.>
Por fim, Llanos cita a possibilidade de Odete ter forjado a própria morte. De acordo com ele, a região do corpo em que Odete foi atingida pode não ser fatal, conforme as condições do disparo. "Ela pode ter subornado autoridades e simplesmente sumido porque estava sendo ameaçada por muita gente. É o que eu faria", analisou.>
"São muitas divergências em relação a uma cena de crime real. Acredito que todo trabalho televisivo tem que ser estudado ou ter acompanhamento de uma pessoa que realmente trabalha na área da perícia para não cometer tantos erros", finalizou.>