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Pesquisadores da USP revelam como usar pitaya para proteger o intestino

Superfruta tropical mostra potencial para tratar doenças inflamatórias

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 09:19

Fruta já era conhecida por seus muitos nutrientes
Fruta já era conhecida por seus muitos nutrientes Crédito: Imagem: NuCastiel/Wikimedia Commons

A pitaya, fruta tropical de aparência exótica, revelou mais um superpoder em pesquisa realizada na Universidade de São Paulo. Quando fermentada com probióticos específicos, ela demonstrou capacidade de ativar mecanismos de proteção celular no intestino, prevenindo e tratando inflamações.

Pitaya por Shutterstock e Reprodução

O estudo conduzido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP por Juliana Yumi Suzuk descobriu que a combinação única de pitaya vermelha com bactérias benéficas estimula a autofagia - processo crucial para manter a saúde intestinal e prevenir doenças crônicas.

Ciência por trás da fermentação

A pesquisa utilizou as bactérias Lacticaseibacillus paracasei F-19 e Bifidobacterium animalis BB-12 para fermentar a polpa da pitaya. O resultado foi a ativação de um gene normalmente estimulado apenas pela vitamina D, desencadeando respostas protetoras nas células intestinais.

"O processo retarda o envelhecimento celular", afirma a pesquisadora para o Jornal da USP. Essa descoberta é particularmente importante porque revela um novo mecanismo pelo qual alimentos fermentados podem regular a saúde intestinal, diferente de tudo que era conhecido anteriormente.

Nutrientes que fazem da pitaya uma superfruta

Além dos benefícios revelados pela fermentação, a pitaya já era reconhecida por seu impressionante perfil nutricional. Seus pigmentos vermelhos (betacianinas) combatem o estresse oxidativo, enquanto a rutina fortalece os vasos sanguíneos.

A fruta também é fonte importante de minerais como cálcio e magnésio, além de vitaminas C e do complexo B. Pesquisas da Embrapa já haviam demonstrado seu potencial para aliviar sintomas de ansiedade, acrescentando mais um benefício à lista.

Novos horizontes terapêuticos

Para os pesquisadores, a descoberta vai além do interesse acadêmico. "Essa descoberta é relevante, pois abre possibilidades para o uso de alimentos fermentados na regulação da saúde celular por caminhos até então não descritos", destaca a cientista Suzuki.

Os resultados sugerem que a pitaya fermentada pode se tornar base para desenvolver novos alimentos funcionais e suplementos probióticos específicos para saúde intestinal, oferecendo uma abordagem natural para doenças inflamatórias do trato digestivo.