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Agência Correio
Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 07:00
Ao longo de mais de dois séculos, retratos de Napoleão seguem exibindo o mesmo detalhe: a mão cuidadosamente escondida dentro do casaco. >
O que parece apenas um hábito curioso pode, na verdade, revelar muito sobre a saúde, a época e a construção da imagem do imperador francês.>
Uma das teorias mais comentadas associa o gesto a problemas de saúde. Documentos históricos relatam que Napoleão sofria de dores abdominais recorrentes, possivelmente causadas por úlceras.>
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Manter a mão na região do estômago poderia gerar calor e pressão, diminuindo o desconforto. Para quem enfrentava longas campanhas militares e rotinas exaustivas, qualquer alívio fazia diferença.>
Ainda assim, especialistas modernos questionam essa explicação, já que não há provas médicas suficientes de que o gesto estivesse ligado diretamente à dor.>
Na sociedade da época, postura e comportamento tinham enorme peso simbólico. Gestos considerados simples hoje eram vistos como falta de educação entre membros da nobreza.>
Os trajes militares usados por Napoleão não tinham bolsos práticos, o que tornava a posição das mãos um desafio. Colocá-las no casaco era uma solução elegante e socialmente aceitável.>
Assim, o gesto pode ter sido apenas um reflexo automático das regras de convivência impostas à elite europeia.>
Napoleão entendia como poucos o poder da imagem. Sua postura corporal era parte essencial da autoridade que impunha tanto a aliados quanto a inimigos.>
Com a mão no casaco, ele mantinha o tronco alinhado, o que reforçava uma postura firme e imponente. Era uma forma visual de transmitir controle absoluto.>
Ao longo dos anos, essa imagem foi reproduzida em pinturas e livros, ajudando a transformar o gesto em um símbolo eterno de liderança e poder.>