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Agência Correio
Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 19:00
Os três países que mais consumiram cerveja em 2022 – China, Estados Unidos e Brasil – respondem por impressionantes 40% do consumo total mundial da bebida, o que os torna mercados cruciais para a indústria global. Para entender as particularidades do mercado cervejeiro e os tipos de rótulos que se destacam em cada lugar, é fundamental analisar as preferências e tendências desses gigantes.>
A China, além de ser o país que mais consome em volume total, também detém o título de maior produtora de cerveja do mundo, reforçando sua liderança com "mão de ferro" no setor. O Brasil, por sua vez, registrou um aumento significativo no consumo de 3,6% em 2022, enquanto os Estados Unidos apresentaram uma queda de 4,2% naquele mesmo ano.
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O México, que também teve um enorme crescimento de 14,5%, ascendeu à quarta posição e detém 5,2% do consumo total, mas o foco agora se concentra nos três maiores mercados globais. Juntos, esses três países ditam as tendências e volumes que moldam a indústria cervejeira ao redor do planeta, sendo essenciais para a saúde econômica global do setor.
>Cerveja
Na China, a preferência da população se inclina fortemente para os rótulos de cerveja nacional, que são os mais populares entre os consumidores. Marcas locais de destaque, como a Snow Beer e a Tsingtao, dominam o paladar e o mercado chinês, representando 90% do consumo total da indústria local. Este mercado é altamente lucrativo e deverá gerar uma receita substancial de US$ 124,2 bilhões neste ano.
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A força da produção e do consumo doméstico na China é um fator chave para sua liderança contínua no ranking global, que se mantém firme pelo 20º ano. Além disso, só em 2023, foram criadas 7 mil novas empresas ligadas ao universo da cerveja no país, indicando um ecossistema em constante expansão e inovação. O aumento de 1% no consumo chinês em 2022 solidifica a tendência de crescimento que surpreende muitos especialistas internacionais.
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A concentração de consumo em marcas nacionais chinesas contrasta com a diversidade de apetite observada em outros grandes mercados globais, como os Estados Unidos. A capacidade da China de satisfazer sua enorme demanda com produção interna garante seu domínio em termos de volume e receita. A cerveja, que já foi essencial para a sobrevivência de civilizações como um "pão líquido", é hoje um marco cultural e econômico na China.
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Nos Estados Unidos, o apetite dos consumidores é misto, abrangendo todos os tipos de cerveja, embora o rótulo mais popular seja o mexicano Modelo Especial. Apesar da popularidade da marca importada, a cerveja nacional ainda detém a maior fatia do mercado, representando 63,6% do total consumido no país. As cervejas importadas, no entanto, também têm destaque com 23,2% do consumo, e as cervejas artesanais representam 13,3% do mercado.
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O mercado americano deverá alcançar uma receita de US$ 116,9 bilhões neste ano, demonstrando sua relevância econômica, mesmo com a queda de 4,2% no volume consumido em 2022. Essa diversificação de consumo entre rótulos nacionais, importados e artesanais diferencia os Estados Unidos de mercados mais homogêneos, como o chinês, e mostra a variedade de gostos dos consumidores.
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No Brasil, a cerveja mais popular entre os consumidores é a cerveja clara, um tipo de bebida que agrada o paladar nacional e domina o cenário de consumo. A marca Brahma é a que detém a maior parte do mercado brasileiro de cerveja, atuando como principal referência para os consumidores. A tradição de consumo no país é forte, manifestada em eventos como o churrasco e o carnaval, e o Brasil tem a maior Oktoberfest fora de Munique.
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O mercado brasileiro de bebidas alcoólicas, impulsionado pelo consumo de cerveja, deverá gerar uma receita de US$ 49,3 bilhões até 2024, indicando um futuro promissor. Esse aumento de 3,6% no consumo registrado em 2022 reforça a paixão do país pela bebida, que garante sua terceira posição global em volume, sendo um mercado chave nas Américas.
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