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Giuliana Mancini
Publicado em 17 de julho de 2025 às 11:11
Raul Gazolla revelou como reagiu ao saber sobre a morte de Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de Daniella Perez, em 1992. Em entrevista à Veja, o ator disse ter agradecido pela notícia, e afirmou não ser "tão evoluído" a ponto de perdoar o crime cometido por Pádua, que faleceu vítima de um infarto fulminante em novembro de 2022.>
Daniella, que era casada com Gazolla, foi brutalmente assassinada no dia 28 de dezembro de 1992, aos 22 anos, com 18 golpes de punhal. Na época, ela era uma das protagonistas da novela De Corpo e Alma, escrita por sua mãe, Glória Perez, e contracenava com Guilherme de Pádua.>
Daniella Perez, Raul Gazolla e Guilherme de Pádua
"Eu agradeci ao universo e disse 'Poxa, o mundo respira melhor hoje. Partiu alguém que nem deveria ter nascido'", afirmou. "Só agora, depois de 32 anos, que vi a Glória [Perez, mãe de Daniella] sorrir. Veja a dor que a gente carrega. O pai da Dani não conseguiu carregar essa dor, sucumbiu e morreu de tristeza", desabafou.>
Pádua e Paula Thomaz, sua então esposa, foram condenados, respectivamente, a 19 anos e 18 anos e 6 meses de prisão. No entanto, ambos cumpriram apenas sete anos em regime fechado e tiveram liberdade condicional.>
Durante a entrevista, Gazolla também falou que não acredita na pena de morte como forma de reduzir a violência, mas defendeu a prisão perpétua para criminosos como Pádua. "Assassinos como ele não podem conviver na sociedade, têm que ter prisão perpétua. Acredito que se elimina um perigo da sociedade quando se condena um assassino confesso, com nível de psicopatia", disse.>
"Esse tipo de crime… você não pode deixar um indivíduo desse, uma dupla dessa, solta na sociedade. Se eles ficarem soltos, vão fazer novamente. Faz parte do DNA deles. Sou a favor de que o assassino não conviva mais entre a gente e, se possível, não respire mais o ar que a gente respira. Então, sim, sou a favor da pena de morte para os psicopatas que cometeram assassinatos de muita crueldade", continuou.>
O ator ainda afirmou que, para ele, crimes hediondos são imperdoáveis. "Não sou monge, não tenho a espiritualidade tão evoluída a ponto de perdoar os assassinos. Quem perdoa é Deus, não sou Deus. No meu ponto de vista, essas pessoas não podem estar livres na sociedade, frequentando o mesmo cinema que você, o mesmo restaurante que você. Porque a população não conhece a cara desses assassinos".>