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Fernanda Varela
Publicado em 14 de maio de 2025 às 05:32
Morreu nesta terça-feira (13), em Salvador, o médium Divaldo Franco, aos 98 anos. Fundador da Mansão do Caminho e referência internacional no espiritismo, ele deixa uma obra vasta e acessível.>
Mais de 250 livros psicografados por Divaldo estão publicados, muitos deles com distribuição gratuita em formato digital. A maioria foi ditada pelo espírito Joanna de Ângelis, sua mentora espiritual. São títulos que abordam temas como autoconhecimento, vida após a morte, ética e saúde emocional sob a ótica espírita.>
O site oficial da Livraria Espírita Alvorada Editora (Leal), mantida pela Mansão do Caminho, disponibiliza dezenas de livros gratuitamente em PDF: https://www.livrariaespirita.org.br/. Também é possível acessar parte do acervo por meio de aplicativos como Kardec Play e Espiritismo.NET, que reúnem obras de autores clássicos do espiritismo, incluindo Divaldo.>
Além disso, plataformas como o Internet Archive e o Domínio Público abrigam edições livres de direitos autorais ou cedidas por voluntários. Em centros espíritas e bibliotecas comunitárias, há iniciativas que oferecem empréstimos ou leitura no local.>
Uma obra que atravessa fronteiras>
Divaldo psicografou em português, mas suas obras foram traduzidas para mais de 15 idiomas. Seu estilo mescla linguagem simples com reflexões profundas, como neste trecho de 'Jesus e a Atualidade': “Cada criatura carrega em si o mundo que construiu nos recessos da alma. Mudar esse mundo interior é transformar-se.”>
Ao longo da vida, ele defendeu a educação como o maior caminho de transformação social. Fundada em 1952, a Mansão do Caminho atende milhares de crianças e adolescentes em Salvador, oferecendo escola, atendimento médico e apoio familiar.>
Um homem, muitas missões>
“Ele era médium, sim, mas também era pedagogo, cuidador, amigo. Ele via o espírito, mas enxergava o ser humano”, diz Cristina Gomes, diretora da instituição.>
Mesmo diante da morte, a mensagem de Divaldo continua circulando. “A morte não nos tira ninguém. Apenas devolve ao infinito”, escreveu ele certa vez.>