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'Só pode ser um dom dado por Deus', declarou bispo sobre homossexualidade

Dom Antônio Carlos Maristelo defendeu o acolhimento das pessoas LGBTQUIAP+ na Igreja

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 24 de abril de 2025 às 19:14

Dom Antônio Carlos Maristelo
Dom Antônio Carlos Maristelo Crédito: Ilmo Gomes

Um vídeo do bispo Dom Antônio Carlos Maristelo voltou a viralizar nas redes sociais e reacendeu debates sobre fé, diversidade e aceitação dentro da Igreja Católica. As imagens de 2017 mostram o religioso da Diocese de Caicó/RN defendendo que a homossexualidade não é fruto de uma escolha, mas sim um dom com o qual as pessoas já nascem.

“Orientação ninguém escolhe. Um dia a pessoa se descobre com esta ou aquela orientação”, afirma o religioso no registro, que tem sido amplamente compartilhado por perfis ligados à causa LGBTQIAPN+. Em outro momento da missa, ele complementa: “Se não é escolha, se não é doença, na perspectiva da fé só pode ser um dom dado por Deus”. Ele ainda recorda que, desde os anos 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de classificar a homossexualidade como uma patologia.

Na pregação, Dom Antônio Carlos também traça um paralelo entre o preconceito contra pessoas LGBTQIAPN+ e o racismo. Ele menciona que, historicamente, a população negra chegou a ser considerada “sem alma”, e aponta como o preconceito pode cegar a humanidade diante da dignidade alheia: “Assim como o preconceito com os negros não permitia enxergar sua humanidade, nosso preconceito hoje não nos deixa perceber esse dom [a homossexualidade] dado por Deus”, disse.

A postura progressista do bispo foi celebrada por muitos internautas, ao passo que também atraiu críticas por parte de setores mais conservadores. A declaração se destacou como um raro gesto de acolhimento dentro do clero católico, ganhando nova repercussão após o Papa Francisco transferi-lo para a Diocese de Caicó em abril deste ano.