Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Vacina contra herpes-zóster reduz risco de demência, revela pesquisa

Pesquisa revela que o uso da vacina para catapora/ressurreição do vírus do herpes pode reduzir em 20% o risco de demência em idosos

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 29 de outubro de 2025 às 14:00

O estudo identificou que o efeito protetor da vacina foi mais pronunciado em mulheres
O estudo identificou que o efeito protetor da vacina foi mais pronunciado em mulheres Crédito: Freepik

Imagine poder reduzir o risco de demência apenas tomando uma vacina já existente. Um novo estudo conduzido pela Stanford Medicine analisou o programa de imunização contra o herpes-zoster no País de Gales.

A pesquisa identificou que aqueles que receberam a vacina tinham uma probabilidade 20% menor de desenvolver demência nos sete anos seguintes, em comparação com os que não receberam.

O tratamento para herpes-zóster reduz sintomas e ajuda na cicatrização de feridas (Imagem: Aquarius Studio | Shutterstock) por

Vírus persistente, risco contínuo

A infecção por Herpes zóster (popularmente conhe­cida como “zona” ou “cobreiro”) é causada pelo mesmo vírus da catapora, o Varicella‑zoster virus.

Ele permanece dormindo nos nervos após a catapora, podendo ser reativado em pessoas mais velhas ou com sistema imunológico enfraquecido

Já a demência afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo e permanece sem cura definitiva.

Um “experimento natural” bem aproveitado

Os autores identificaram no esquema de vacinação do País de Gales uma condição quase ideal para avaliar o efeito da vacina sobre a demência.

Eram elegíveis ao programa indivíduos com 79 anos em 1º de setembro de 2013, e aqueles com 80 anos ou mais nessa data ficaram automaticamente excluídos.

Essa divisão criou dois grupos praticamente idênticos em saúde e comportamento, exceto pela elegibilidade à vacina, aproximando-se de um ensaio clínico randomizado real.

Os resultados que impressionam

Na análise de mais de 280 mil pessoas entre 71 e 88 anos, sem demência no início, os pesquisadores observaram que a ocorrência de herpes-zoster caiu cerca de 37% nos vacinados, conforme esperado.

Ainda mais relevante: o risco de demência foi 20% menor entre os vacinados.“Foi uma descoberta realmente impressionante”, disse o autor principal, Pascal Geldsetzer ao site da universidade de Stanford.

Diferenças entre homens e mulheres e próximos passos

O estudo identificou que o efeito protetor da vacina foi mais pronunciado em mulheres, algo que pode refletir diferenças no sistema imune ou no desenvolvimento da demência.

Resta saber como a vacina reduz o risco: se por reforço da imunidade geral, por menor reativação do vírus ou outro mecanismo. Os pesquisadores defendem agora um ensaio clínico randomizado para confirmar a causalidade.