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Só consegue dormir de coberta mesmo no calor? A psicologia tem uma explicação pra você

Comportamento comum tem relação com o cérebro, o relaxamento do corpo e hábitos formados desde os primeiros anos de vida

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 15:00

A pesquisa mostrou que a pressão distribuída por cobertores pode melhorar a qualidade do sono
A pesquisa mostrou que a pressão distribuída por cobertores pode melhorar a qualidade do sono Crédito: Freepik

Mesmo quando o calor aperta, muita gente só consegue pegar no sono se estiver coberta. À primeira vista, isso parece contraditório, mas a ciência mostra que esse hábito é mais normal do que parece e tem explicações bem claras.

Pesquisas indicam que aproximadamente 65% das pessoas sentem necessidade de usar cobertor, lençol ou algo semelhante na hora de dormir, independentemente da temperatura. Essa preferência envolve respostas do cérebro, efeitos emocionais e aprendizados construídos ao longo da vida.

Um olhar fixo e intenso, sem piscadas, pode ser um sinal de tentativa de dominância ou de um desafio por Freepik

O que uma pessoa sente ao se cobrir

A sensação de estar coberto ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável por desacelerar o organismo e preparar o corpo para o descanso. É esse sistema que reduz os batimentos cardíacos, relaxa os músculos e ajuda a diminuir o nível de alerta.

Um estudo do Departamento de Anestesiologia da Universidade da Califórnia, publicado em 2011, mostrou que o toque suave associado a uma pressão constante, mesmo leve, funciona como um estímulo físico capaz de induzir o relaxamento.

Os pesquisadores observaram que essa pressão distribuída pode melhorar a qualidade do sono e até contribuir para o alívio de dores crônicas. É exatamente esse princípio que explica a popularidade dos cobertores com peso, conhecidos como weighted blankets.

Efeitos emocionais e mentais

Estudos realizados por universidades australianas, como a Flinders University e a University of Adelaide, apontam que dormir coberto pode ajudar a reduzir sintomas de ansiedade e facilitar o processo de desaceleração mental antes do sono.

Durante a fase REM, período em que os sonhos acontecem, os níveis de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar, caem de forma significativa. Pesquisas sugerem que o uso de cobertores, especialmente os mais pesados, pode estimular a produção dessa substância, ajudando a equilibrar o humor e a aumentar a sensação de conforto emocional.

Um hábito que começa cedo

O condicionamento psicológico também tem peso importante nesse comportamento. Desde os primeiros dias de vida, somos incentivados a dormir cobertos.

Bebês ainda não conseguem regular a própria temperatura corporal, e por isso pais e cuidadores utilizam mantas e cobertores para protegê-los. Com o passar do tempo, essa prática se associa à ideia de segurança, acolhimento e descanso.

Algumas teorias sugerem uma ligação com a sensação de proteção semelhante à vivida no útero, mas especialistas consideram essa explicação pouco provável do ponto de vista científico.

Conforto também conta

Há ainda um fator simples, mas relevante: cobertores são agradáveis ao toque. A maciez e a barreira sensorial criada pelo tecido ajudam o corpo a relaxar e a se desligar dos estímulos externos.

Mesmo sem estudos conclusivos focados apenas nesse aspecto, cientistas reconhecem que o conforto físico pode ser, por si só, um motivo suficiente para explicar por que tantas pessoas continuam dormindo cobertas, mesmo quando o calor insiste em atrapalhar.