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Monique Lobo
Publicado em 25 de maio de 2025 às 13:00
Quando se pensa no arrocha, dois nomes vêm logo à cabeça: Pablo e Silvanno Salles. Para os baianos, esses dois estão Monte Olimpo do gênero que nasceu na Região Metropolitana de Salvador. Mas, como sempre acontece na indústria da música toda vez que dois artistas da mesma cena fazem sucesso, as comparações começam a surgir. >
É há, sim, semelhanças entre eles: além de cantarem músicas do mesmo gênero, são baianos - Silvanno, de Simões Filho, e Pablo, de Candeias, e fazem parte do grupo que deu origem ao movimento que se tornou o arrocha. Mas, há diferenças também, como afirma Silvanno Salles, em sua entrevista exclusiva ao CORREIO, um dia antes da gravação do seu projeto audiovisual "Silvanno Salles in São Paulo", no Centro de Tradições Nordestinas da capital paulista. >
"O meu estilo é mais pra frente, Pablo já faz um arrocha mais lento. Mas, tem espaço pra todos os cantores de arrocha trabalhar", disparou. >
Sobre as comparações, entre ele e Pablo nunca existiram, garantiu. "A minha relação com o Pablo é normal. Quando a gente se encontra nas estradas da vida, é uma amizade tranquila. Nunca teve nada. Eu tenho um respeito muito grande pelo trabalho dele e acredito que ele tem também um respeito grande pelo meu trabalho".>
Para ele, o arrocha é capaz de abraçar todos os músicos, não só eles dois. "Até porque não existem só eu e Pablo. Ou só Pablo e o Tayrone. Existem vários cantores de arrocha: Unha Pintada, Nadson O Ferinha, Kevin Jonnny, Asas Livres, Heitor Costa, Devinho Novaes. Atualmente, tem o Natanzinho Lima. Então, tem espaço pra todo mundo", completa.>