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Alan Pinheiro
Publicado em 7 de junho de 2024 às 15:52
Após o empate com o Cuiabá, o Vitória alcançou a marca de 10 jogos sem ganhar na temporada. Titular contra o lanterna do Brasileirão - que, até então, não havia somado pontos -, o atacante Osvaldo garantiu que o elenco está empenhado em reverter a situação rubro-negra no campeonato. E relembrou outros momentos vividos com a camisa do Leão.>
“São 17 anos de profissional. É lógico que a gente não queria dar explicações de resultados negativos. O nosso elenco é um elenco muito trabalhador e a gente tem tudo para dar a volta por cima. Tem tempo, tem jogos pela frente. O professor Carpini chegou há pouco tempo, mas já tem passado o que ele pensa. É lógico que tem muito para crescer ainda na competição, mas a gente vai conseguir dar a volta por cima. Eu tenho certeza, confio demais no nosso grupo”, disse.>
O atacante relembrou um momento nos bastidores de um dos clássicos disputados contra o Bahia em 2024 para reforçar a sua posição em relação ao elenco. Na ocasião citada, Osvaldo falou para o grupo que estava feliz por ter companheiros com “vontade de vencer”.>
“Eu expressei esse meu sentimento, que eu me sentia muito orgulhoso de fazer parte dessa instituição. Eu acho que o orgulho ainda continua, mas é lógico, quando não vem o resultado, vem as críticas, vem sempre uma coisa ou outra negativa. Mas estamos firmes e fortes para reverter isso”, reforçou.>
Com 74 jogos disputados com a camisa do Vitória, Osvaldo é o terceiro jogador do elenco com mais partidas realizadas pelo Leão, atrás somente de Lucas Arcanjo e Rodrigo Andrade. O experiente ponta de 37 anos esteve envolvido diretamente na campanha do título da Série B, mas também nas eliminações da equipe no primeiro semestre de 2023. O atacante apontou justamente esta fase como a mais turbulenta de sua passagem.>
“Ali foi o momento mais difícil desde quando eu cheguei, porque o Vitória vinha subindo da Série C, a gente atravessava o período de eliminações e era uma dúvida muito grande de como seria a Série B. A gente conseguiu dar a volta por cima e na Série A também estamos passando por um momento turbulento. Equipes como Fluminense e Corinthians têm sofrido também nessa competição. Vai ser assim até o final, mas aqui tem um grupo muito trabalhador, que quer reverter essa situação. A gente muitas vezes nem consegue dormir com essas derrotas”, revelou.>
Osvaldo também falou sobre os questionamentos aos atletas do elenco. Segundo o jogador, chegaram comentários de que o elenco estaria “rachado” e descompromissado com os objetivos do Vitória. Para ele, isso surge em decorrência da má fase e só pode ser resolvido voltando a vencer partidas. “Pode chegar o Ancelotti aqui, se ele não vencer, o torcedor vai pedir a demissão dele e esse é o futebol brasileiro. A gente é movido por vitórias”. >
Titular contra o Cuiabá, Osvaldo pode manter a sequência entre os onze titulares contra o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi, na próxima terça-feira (11), às 19h. >
Veja outros assuntos abordados por Osvaldo na entrevista coletiva:>
Nível técnico do Brasileirão >
“Eu acho que o futebol brasileiro está entre as ligas mais difíceis do mundo. O nível técnico é muito alto. Até antes do Bahia, que a gente conseguiu o título, não tinha nenhum questionamento sobre nosso elenco, que era uma elenco de Série B, que jogadores não eram de Série A. Quando vem as derrotas, ninguém presta, mas aqui dentro a gente sabe do potencial. Vamos voltar às vitórias e consequentemente voltar a ser um time de Série A”. >
Início de Carpini no Vitória>
“Ele chegou num momento turbulento, então ele tem plantado a sua maneira que ele gosta de jogar. Nesse último jogo, fomos uma equipe muito compactada dentro de campo, sabendo o que tinha que fazer taticamente. Agora é evoluir. Eu procuro dizer que a confiança é tudo no futebol e só as vitórias que vão trazer ela de volta”.>
Preferência por jogar em um dos lados do campo>
“Hoje eu me adaptei muito bem jogando pelo lado direito, mas durante toda a minha carreira onde fui destaque, onde me fez chegar à seleção brasileira, foi jogando pelo lado esquerdo. Não tenho nenhuma dificuldade. Onde o professor me escalar, tanto na direita como na esquerda, eu vou estar apto para poder desempenhar o meu papel e ajudar os meus companheiros”.>
Organização defensiva contra o Cuiabá>
“Acho que a equipe bem compacta sofre menos. Quem está lá na frente é que começa a pressão. Esse último jogo eu fiquei bastante feliz, porque nossa equipe jogou muito próximo um do outro e sofremos muito pouco. Sofremos quando a gente acabou errando, faz parte. Não é sempre que a gente vai conseguir acertar 100% durante a partida. Agora é pegar esse jogo como referência na parte tática que a gente possa transferir para os próximos jogos. O trabalho vem sendo feito. O Carpini vem passando vídeos, mostrando durante a semana o que ele gosta e o que a gente faz dentro do jogo. Eu tenho certeza que a gente vai continuar evoluindo. Que a vitória possa vir o mais rápido possível”.>