Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Alan Pinheiro
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 21:27
Conhece a expressão "jogar com o regulamento embaixo do braço"? Independente da resposta, foi dessa forma que o Bahia conquistou a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Com a vantagem de um gol construída na partida de ida, o Esquadrão voltou a enfrentar o Retrô e segurou o empate sem gols para avançar na competição nacional. Confortável em campo, os tricolores tiveram chances de abrir o placar, mas desperdiçaram os ataques mais promissores.>
Quem achou que o Bahia fosse poupar, se enganou. Em campo, Rogério Ceni optou por aumentar o poderio ofensivo e colocou Arias, Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Luciano Juba desde o início. Na ausência de Erick Pulga, Kayky foi o ponta mais agudo da equipe, enquanto Cauly fechava mais pelo meio e Lucho Rodríguez comandava o ataque.>
Com a classificação em mãos, o momento é de alegria. No entanto, a temporada continua e o Bahia já volta a jogar neste sábado (9), quando enfrenta o Fluminense na Arena Fonte Nova. A partida, válida pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, inicia a partir das 21h. Já pela Copa do Brasil, o próximo adversário dos tricolores será conhecido por meio de sorteio.>
Antes da bola rolar, a festa começou nas arquibancadas da Arena Pernambuco. A invasão tricolor transformou o estado vizinho em uma Bahia temporária. Vestidos de vermelho, azul e branco, os torcedores presentes no estádio cantaram, gritaram e apoiaram os jogadores, mas ninguém imaginou que o Esquadrão passaria sufoco no início do jogo.>
Mandante do confronto, o Retrô adotou uma postura ofensiva desde o início. Com o currículo na bagagem de ter eliminado Atlético-GO e Fortaleza na atual edição da Copa do Brasil, os pernambucanos ganhavam as disputas no meio de campo e iam ao ataque com velocidade. Sem a bola, o time de Itamar Schülle teve sucesso em se defender das investidas tricolores. Porém, o começo ofensivo foi se perdendo na medida em que o Bahia tomava o controle.>
Já dominante no jogo, o primeiro tempo teve um cenário já conhecido pelo torcedor baiano. Toque para um lado, passe para o outro, cruzamento na área e poucos chutes ao gol adversário. Se o Bahia demonstrava facilidade em construir jogadas, a equipe também deixou claro que estava faltando um tempero especial no último toque para sair em direção ao intervalo com uma vantagem maior.>
Mesmo sem balançar as redes, o Esquadrão não deixou de incomodar. A artilharia pesada de Rogério Ceni dominava o rival. Apesar dos pernambucanos conseguirem esporádicas descidas ao ataque, a Fênix não representou um perigo real aos visitantes. Presente no estádio ou assistindo pela televisão, uma piscada mais longa já era suficiente para perder outro ataque do time baiano. Pelo menos até os minutos finais do primeiro tempo, quando novamente o Retrô cresceu na partida e ficou a detalhes de abrir o placar.>
Na volta do intervalo, nada mudou. O Bahia continuou mostrando uma superioridade infértil diante dos mandantes. Apesar das chances desperdiçadas, o sentimento era de que os baianos conseguiriam marcar a qualquer momento, principalmente pelo volume de chegadas ao ataque.>
O tempo foi passando, jogadores saíram do banco, mas o clima dentro de campo era de respeito mútuo. O Retrô não ameaçava o adversário e o Bahia se sentia confortável em administrar a vantagem construída na partida de ida. A passividade foi reforçada pela postura do Esquadrão na metade do segundo tempo, quando a equipe recuou e viu os pernambucanos ficarem mais tempo com a bola.>
A Fênix tentou insistentemente levar o jogo para os pênaltis, contando até mesmo com falhas do Bahia. No entanto, nenhum esforço conseguiu mudar o rumo. Com o apito final, somente os baianos tiveram a oportunidade de comemorar a classificação. Foi suado, o desempenho da equipe foi abaixo, mas o que importa para o Esquadrão é apenas o resultado final. >
Retrô 0 x 0 Bahia - Jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil >
Retrô: Volpi; Danillo (Eduardo), Rayan Ribeiro, Rayne e Salomão; Richard Franco, Iba Ly, Radsley e Diego Guerra (Felipe Ferreira); Vágner Love (Mascote) e Tales (Júnior Fialho/Mike). Técnico: Itamar Schülle.>
Bahia: Ronaldo; Santiago Arias, Gabriel Xavier, David Duarte e Luciano Juba; Caio Alexandre (Rezende), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Michel Araújo) e Cauly (Ademir); Kayky (Tiago) e Lucho Rodríguez (Willian José). Técnico: Rogério Ceni.>
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata;>
Gols: Sem gols;>
Cartões Amarelos: David Duarte, Michel Araújo (Bahia); Richard Franco, Vagner Love (Retrô);>
Arbitragem: Matheus Delgado Candançan, auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis e Daniel Luis Marques (Trio de SP);>
VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP).>