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CBF realiza treinamentos com árbitros durante pausa de intertemporada; baiano se destaca

Bruno Vasconcelos alcançou os melhores resultados nas avaliações e trabalhos específicos para mensuração de flexibilidade e força

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 29 de junho de 2025 às 17:30

Bruno Vasconcelos, Daniella Coutinho, Luanderson Lima e Diego Pombo foram os baianos presentes no treinamento da CBF
Bruno Vasconcelos, Daniella Coutinho, Luanderson Lima e Diego Pombo foram os baianos presentes no treinamento da CBF Crédito: Divulgação/FBF

Uma intertemporada com três turnos diários de treinamentos durante uma semana. Pode parecer, mas esta não é a programação de um clube durante a pausa do Campeonato Brasileiro, mas de 64 profissionais de arbitragem. Eles participam de uma Intertemporada promovida pela Comissão de Arbitragem da CBF, programação que faz parte dos investimentos da atual gestão na busca por excelência do quadro de árbitros nacional.

Este é o segundo treinamento promovido pela Comissão de Arbitragem da CBF em 2025. O primeiro ocorreu em abril, antes do início do Brasileirão, e serviu para um “alinhamento de expectativas”, conforme definiu Rodrigo Cintra, presidente da Comissão. Entre os objetivos está a aproximação de critérios utilizados entre os árbitros, a troca de experiências entre eles, ajustes em análises do VAR e o encorajamento para aumento das decisões em campo, além de palestras voltadas para aprimorar a inteligência emocional dos profissionais de arbitragem.

“Isso é fundamental para que o árbitro esteja sempre íntegro para tomar as decisões certas na hora certa. A inteligência emocional traz também o equilíbrio para estas decisões, permite ao árbitro ter uma percepção do comportamento do jogador, evitando algum tipo de confronto que comprometa a credibilidade do árbitro”, explicou Cintra.

Pela manhã, programação se divide entre dois locais: o Clube da Aeronáutica (CAER), onde acontecem as atividades práticas em partidas entre equipes sub-20 e testes físicos e fisiológicos, e o Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira (CEAB), com análises detalhadas sobre os recursos do VAR. Nos turnos da tarde e da noite, acontecem as atividades teóricas e as devolutivas, no hotel Promenade.

No CAER, os árbitros, assistentes e árbitros de VAR se dividiram em três estações de trabalho: um campo equipado com duas cabines de VAR (uma para atuar diretamente na partida e outra exclusiva para treinamento) e instant feedback (cabine em que uma comissão registra em tempo real os lances da partida para uma revisão de lances capitais com o árbitro de campo ao término do jogo); um segundo campo equipado apenas com instant feedback; e um espaço para atividades físicas e exames de saúde.

No campo equipado com VAR, os árbitros se revezavam em turnos de 15 minutos. Paulo Belence, do quadro da Federação Pernambucana de Futebol, foi escalado para apitar o período final da partida entre Portuguesa e Boavista sub-20. Ao fim do jogo, foi direto para o instant feedback. “Isso é extremamente rico, um feedback instantâneo, só sai do campo, toma água, respira e vamos assistir. Às vezes a sensação é a de que estava tudo certo, aí vamos com os instrutores e vemos os detalhes que precisam ser corrigidos. Para nossa carreira, nossa construção, é muito importante”, disse ele.

Preparação física

Para estar em cima do lance, o árbitro precisa de uma preparação física similar a dos jogadores de futebol. Por isso, hoje o dia a dia dos juízes conta com analistas de desempenho, profissionais que até pouco tempo integravam apenas o staff dos clubes de futebol.

O professor doutor em Educação Física Emerson Filipino é o consultor científico responsável pela avaliação física, monitoramento e aprimoramento físico dos profissionais, a partir de trabalhos técnicos, táticos e físicos para criação de indicadores fisiológicos dos árbitros. “Só para a gente ter como exemplo: um jogador de futebol profissional desloca em torno de 10 quilômetros numa partida, e o árbitro também desloca 10 quilômetros. Lógico que tem as particularidades, mas o trabalho básico é a parte física”, explicou Filipino.

Entre os testes feitos durante a avaliação, os árbitros fizeram trabalhos específicos para mensuração de flexibilidade e força – e se engana quem pensou que o árbitro Anderson Daronco foi o vencedor no último quesito. O baiano Bruno Vasconcelos alcançou os melhores resultados entre todos os participantes. Além de Bruno, estiveram os baianos Daniella Coutinho Pinto (assistente FIFA), Luanderson Lima dos Santos (assistente FIFA) e Diego Pombo Lopez (VAR FIFA).

“O campeão nesse foi o Bruno Vasconcelos, que chega a 70 de pressão manual, nível de um atleta de arremesso de peso”, disse Filipino. O jogador que estiver em campo em um jogo de Vasconcelos deve caprichar na disciplina, já que para levantar um cartão amarelo não custa nada.