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Costa do Sauípe Open marca volta da Bahia ao cenário do tênis depois de 14 anos

Torneio realizado na última semana consagrou atletas da nova geração do tênis brasileiro

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 09:27

Luis
Luis "Guto" Miguel e Eduardo Ribeiro venceram o título de duplas Crédito: João Pires/Agência Try

Durante dez anos Costa do Sauípe foi a capital nacional do tênis, quando recebeu onze edições do Brasil Open, com tenistas de todo o mundo competindo no Litoral Norte baiano. Após o fim do torneio, em 2011, o complexo passou 14 anos órfão do esporte que se tornou sinônimo da região. A espera acabou na última semana, quando a região recebeu o Costa do Sauípe Open, que encerrou ontem com muita celebração.

Na chave de simples, o título ficou com o argentino Roman Andres Burruchaga, que não teve dificuldades contra o paraguaio Adolfo Vallejo e venceu por dois sets a zero (6-1 e 6-2). Os brasileiros decepcionaram a torcida local e não passaram das oitavas de final. Principal nome do país no campeonato, Thiago Monteiro foi eliminado ainda na primeira partida, após derrota para o boliviano Juan Carlos Prado Angelo.

Se o orgulho nacional foi ferido no torneio individual, coube às duplas animarem a torcida que compareceu ao complexo. Dos quatro pares semifinalistas, três eram compostos por brasileiros. O título ficou com o time composto pelo goiano Luis "Guto" Miguel e pelo catarinense Eduardo Ribeiro que venceram o equatoriano Gonzalo Escobar e o mexicano Miguel Reyes-Varela no supertiebreak (parciais de 7-6, 4-6 e 10-5).

Luis "Guto" Miguel e Eduardo Ribeiro comemoram o título de duplas em Costa do Sauípe por João Pires/Agência Try

Enredo

A trajetória deles foi daquelas de cinema. Montada especialmente para o campeonato, os dois começaram do wildcard e venceram adversários consolidados no ranking de duplas. A vitória na final foi contra a segunda dupla mais bem cotada na chave. Além disso, eles venceram o time melhor rankeado, composto pelos brasileiros Marcelo Demoliner e Orlando Luz nas quartas.

"A ideia da dupla surgiu da organização, que nos convidou. Eu aceitei na hora e creio que o Guto também. Já nos conhecemos de outros torneios e ele é um cara com potencial enorme e que eu sabia que poderia me ajudar muito dentro da quadra, assim como eu poderia ajudar ele. Conseguimos focar no nosso jogo e fazer bem feito. Quem sabe o primeiro de muitos", disse Ribeiro.

"Ele me puxa bastante quando eu estou em baixa assim como eu puxo ele também. É a nossa primeira vez jogando juntos, mas acho que entrosamos muito bem. Foi uma semana incrível, jogamos em altíssimo nível e creio que deu certo", completou Guto.

Com apenas 16 anos, Guto foi o xodó dos torcedores que foram ao complexo. Misturando força e vitalidade, ele conquistou as arquibancadas, que empurravam o jovem nos momentos mais difíceis dos jogos. Quando a final terminou, ele foi o mais procurado pelas crianças, que queriam uma foto e um autógrafo com o novo ídolo.

"Fui muito bem acolhido aqui na Bahia, a galera é muito gente boa. A recepção é tudo para você se sentir bem em quadra e eu senti isso aqui", afirmou Guto.

"Esse reconhecimento é muito legal. O Guto chama muito a atenção e a galera veio por causa dele. Eu aproveitei que estava junto e surfei essa onda. Fico muito contente em jogar com ele, acho que ele tem um futuro muito promissor. É um cara mais novo, então às vezes tem que dar uma segurada na ansiedade, na angústia dele durante o jogo. Mas alguém que eu aprendo e que tem uma autoconfiança muito grande. Eu só falo para ele fazer as bolas, que ele já tem a capacidade e tento ajudar o máximo possível e agregar ao jogo dele", exaltou Ribeiro.

Luis
Luis "Guto" Miguel conquistou o público que foi ao torneio Crédito: João Pires/Agência Try

A decisão foi o segundo jogo do dia para a dupla, que disputou a semifinal pela manhã. Com um jogo seguro, eles venceram os brasileiros Luis Britto e Marcelo Zormann, por dois sets a zero (6-0 e 6-4). Por conta da chuva que atingiu a Bahia durante a última semana, diversos jogos foram adiados, fazendo com que as semifinais de simples e de duplas fossem jogadas ontem.

"Lidamos bem com isso e desempenhamos um bom papel. Depois do primeiro jogo, eu aproveitei para ir ao mar, dar um mergulho e relaxar. Esse cenário de jogar em um resort, com praia, facilita a nossa vida", completa Ribeiro.

Apesar do sucesso imediato, ainda não há previsão de retorno da parceria em quadra. Ambos competirão em outros torneios nas próximas semanas, mas deixam em aberto a possibilidade de retomarem a parceria em 2026.

Quanto ao torneio, o tênis deve voltar a Costa do Sauípe no próximo ano. Ainda não há data confirmada, mas a expectativa é que a competição aconteça entre os meses de outubro e novembro. No final, a edição deste ano é considerada um grande sucesso entre os tenistas e a organização.

"O tênis está no DNA daqui. Foi muito prazeroso, mesmo com todas as dificuldades com o tempo e a chuva, foi um final feliz e um sucesso absoluto. É o primeiro de alguns anos e temos certeza que o próximo ano será ainda melhor", celebrou o diretor da competição, Danilo Marcelino.

"Essa é uma casa histórica, que já recebeu o Guga e despontou atletas como o Rafael Nadal. É muito satisfatório construir essa trajetória em um momento que estamos renovando o complexo, reposicionando o destino e trabalhando com uma diversificação do público. O tênis chancela essa estratégia e coloca a Costa do Sauípe em uma posição de alta visibilidade. A junção disso tudo faz com que tenhamos bons frutos daqui para a frente", falou Edson Cândido, diretor de marketing e vendas da Aviva, que administra o resort.