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Em meio a dificuldades pessoais, Rodrigo Chagas celebra primeira vitória na Série A como treinador

O interino do Vitória perdeu o pai e a mãe em menos de um ano, mas contou com o apoio da torcida para conquistar resultado marcante

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 15:50

Rodrigo Chagas celebrando a Vitória do
Rodrigo Chagas celebrando a Vitória no Barradão Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

O Vitória continua na zona de rebaixamento do Brasileirão, mas respira um pouco mais aliviado após ter vencido o Atlético-MG no último domingo (31). Depois da goleada histórica sofrida diante do Flamengo, a torcida colossal não abandonou o Leão da Barra e lotou o Barradão. Em campo, o time não apresentou sua atuação mais brilhante, mas mostrou raça e personalidade para conquistar três pontos fundamentais na luta contra o descenso.

O triunfo por 1 a 0 sobre o Galo foi muito celebrado pela nação rubro-negra, especialmente por Rodrigo Chagas. Ídolo do clube, ele havia retornado há pouco mais de um mês para sua sexta passagem, inicialmente para comandar a equipe sub-20, mas assumiu o time principal de forma interina em um momento delicado. A vitória foi sua primeira como técnico na Série A, alcançada em meio a um período difícil também em sua vida pessoal.

“Um time que tomou oito e no jogo seguinte coloca quase 30 mil no estádio é surreal. Me sinto lisonjeado pela oportunidade que recebi, combinei de dar esse presente de aniversário a Fábio Mota e a minha mãe, que faleceu há um ano e meio e faria aniversário hoje. Está sendo um ano difícil para mim. Nesse ano perdi meu pai, no Porto Vitória perdi Nilmar, um grande amigo, um irmão. Tive vários problemas, quis até parar. Tive o convite do presidente e de Ricardo Amadeu”, comentou o treinador após a partida.

Vitória por Victor Ferreira | EC Vitória

Rodrigo assumiu a equipe em uma situação extremamente complicada, logo depois da derrota por 8 a 0 para o Flamengo, mas soube conduzir o grupo. Recuperou o psicológico dos jogadores, bastante abalados pela goleada, e conseguiu resgatar a disposição e a entrega em campo, algo que vinha sendo muito cobrado pela torcida. Ainda assim, fez questão de dividir os méritos, destacando o trabalho da psicóloga do clube.

“Tivemos um trabalho muito bem feito pela psicóloga do clube, além de conversar em campo, chamar os atletas. Como ex-atleta, já vivi isso. Não dessa forma, mas já vivi. O jogador tem que ter personalidade para superar. Cobrei não só a Halter, mas a todos os jogadores que fossem falantes, não um time mudo. Ele é um líder, muito profissional. Daqui para a frente todos os jogadores terão esse comportamento”, projetou o interino rubro-negro.

O resultado, no entanto, não se deveu apenas ao aspecto mental. O Leão também apresentou uma organização tática consistente. Ciente das principais características do Atlético, que também era comandado por um interino, Lucas Gonçalves, após a saída de Cuca, Rodrigo montou uma equipe preparada para a marcação individual no ataque e atenta à defesa pelos lados do campo.

“Em muitos momentos aconteceram perseguições. Por isso tínhamos que ter mobilidade na frente, com Kayzer, Osvaldo, Erick e Aitor. É humanamente difícil se movimentar o tempo todo e ter a certeza que as coisas vão acontecer da forma que planejamos. Trabalhamos um time com mobilidade. Fizemos 4-4-2, em algum momento o 4-5-1 [sem a bola], porque davam profundidade com os dois laterais ou atacantes de lado”, explicou o treinador.