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Gustavo Vieira faz balanço da janela de transferências do Vitória: 'É preciso ter coerência'

Executivo de futebol do Leão da Barra fez sete contratações na janela do segundo semestre

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 16:09

Gustavo Vieira em entrevista coletiva no Barradão
Gustavo Vieira em entrevista coletiva no Barradão Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

Com 28 contratações ao longo do ano, o Vitória é o clube da Série A do Brasileirão que mais reforçou seu elenco em 2025. Desses, 21 chegaram ainda na primeira janela, entre 3 de janeiro e 28 de fevereiro, período em que Manoel Tanajura Neto, o Manequinha, ocupava o cargo de diretor executivo de futebol. No total, o clube investiu pouco mais de R$ 27 milhões neste primeiro ciclo de contratações, mas poucos jogadores conseguiram se firmar e corresponder às expectativas.

Sete desses atletas já não fazem mais parte do elenco. Cinco deixaram o clube de forma definitivamente  — Hugo, Val Soares, Thiaguinho, Bruno Xavier e Léo Pereira — enquanto Gabriel Vasconcellos e Wellington Rato foram emprestados a Sport e Goiás, respectivamente.

O fraco desempenho da primeira janela custou o cargo a Manequinha, que, embora afastado da função, segue trabalhando no clube. Para substituí-lo, foi contratado Gustavo Vieira, responsável por conduzir uma reformulação na segunda janela, aberta entre 10 de julho e 2 de setembro.

Thiago Couto  por Victor Ferreira/EC Vitória

Com um olhar voltado para o mercado europeu e para jogadores livres, Gustavo trouxe sete reforços: o goleiro Thiago Couto (emprestado pelo Sport), o lateral-esquerdo Ramon (emprestado pelo Internacional), os meio-campistas portugueses Rúben Ismael e Rúben Rodrigues, o meia espanhol Cantalapiedra e os atacantes Romarinho e Renzo López, do Uruguai. Além deles, Dudu e Camutanga retornaram de empréstimo e passaram a ser considerados “reforços caseiros”.

Após o fechamento da janela, Gustavo concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), no Barradão, para fazer um balanço do seu primeiro ciclo de contratações no clube e comentar sobre os atletas que chegaram, que, com exceção de Ramon, ainda não conseguiram se firmar totalmente como titulares.

“Nós trouxemos nove jogadores, e é natural que haja processos individuais de inserção. O atleta pode se sentir mais ou menos ambientado, e isso vale até mesmo em transferências nacionais. Além disso, há a questão do espaço no elenco e da lógica do treinador. Em qualquer reformulação, é improvável que cinco reforços já cheguem atuando imediatamente”, destacou.

“Alguns já têm atuado mais, como Ramon e Aitor. O Renzo teve a infelicidade de sofrer uma lesão muscular. O Rúben Ismael passou por um trauma que comprometeu o menisco. O goleiro chegou para competir com o ídolo do clube e está à disposição. O Romarinho, em quem confiamos muito pelo histórico e pela capacidade de decisão, também sofreu uma lesão muscular. Neste momento, com poucas semanas, poucos jogos e algumas lesões, considerar quem é titular ou reserva é um pouco precoce”, acrescentou.

O dirigente também abordou as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vitória e como buscou alternativas no mercado. Segundo ele, a tradição do clube foi um diferencial nas negociações em meio a falta de verba e na tentativa de mudar o padrão de contratações da equipe em relação aos últimas temporadas.

“Quanto mais dinheiro você tiver, melhor. O mercado funciona assim: a questão financeira é um dos principais argumentos de convencimento. O Vitória não foge à regra dos outros clubes, nacionais e internacionais. Existe disputa pelo talento, e o recurso financeiro pesa. Mas há também outros fatores, como a história e a tradição, que o Vitória carrega como apelo”, afirmou.

“Ajustar-se à realidade não significa ter muito ou pouco dinheiro; é preciso coerência com o que se trabalha. Eu não posso buscar atletas com valores muito fora da história do Vitória, porque isso beira a irresponsabilidade. Preciso ter fundamento para inovar e, quando possível, fugir dos parâmetros recentes do clube”, concluiu.

Vitória por Victor Ferreira | EC Vitória

Além das movimentações no mercado, Gustavo também lidou com mudanças no comando técnico da equipe. A mais recente foi a efetivação de Rodrigo Chagas como treinador principal, após ter sido inicialmente anunciado como interino. A decisão levantou dúvidas sobre a falta de opções no mercado, mas o executivo garantiu que não se tratou disso, e sim de um processo de maturação interna.

“Pode ter passado a percepção de que havia muitas dúvidas, mas não. Foi um processo natural de tomada de decisão. Você vai excluindo possibilidades, imaginando cenários e canalizando para o nome que, ao final, se entende como adequado — que foi o Rodrigo. O que houve foi uma acomodação de ideias, uma reunião das pessoas importantes nesse processo dentro do clube, para que a decisão fosse tomada de forma unânime: a permanência do Rodrigo”, ressaltou.