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Jogadores da Série A caem em golpe milionário com documentos falsos

Gabigol e Kannemann estão entre as vítimas de quadrilha investigada por fraudes bancárias; operação "Falso 9" apura desvio de mais de R$ 1 milhão em salários dos atletas

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 24 de junho de 2025 às 15:23

Gabigol, do Cruzeiro, e Kannemann, do Grêmio, foram duas das vítimas do golpe
Gabigol, do Cruzeiro, e Kannemann, do Grêmio, foram duas das vítimas do golpe Crédito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro e Lucas Uebel/Grêmio

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou nesta terça-feira uma operação contra uma quadrilha suspeita de fraudar documentos de jogadores de futebol com o objetivo de aplicar golpes financeiros. Conforme apuração da TV Globo, entre os atletas prejudicados estão Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, zagueiro do Grêmio.

As investigações tiveram início após as próprias instituições bancárias identificarem inconsistências nos dados e denunciarem as fraudes às autoridades. De acordo com os policiais, o grupo criminoso teve acesso a informações financeiras das vítimas e obteve um lucro estimado de R$ 1,2 milhão com o esquema.

Uma fonte envolvida na operação relatou à TV Globo que só com os salários de Gabigol os criminosos conseguiram desviar cerca de R$ 938 mil.

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão em Curitiba e em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana da capital paranaense.

Simultaneamente, a Polícia Civil de Rondônia realiza uma ação paralela nesta terça, já que há indícios de que a mesma organização criminosa atua também na região Norte. Outros mandados estão sendo executados em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT) e Lábrea (AM).

A operação, intitulada "Falso 9", conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Até o momento, os jogadores vítimas do golpe ainda não se pronunciaram publicamente.

Como funcionava o esquema

Segundo a PCPR, os integrantes da quadrilha falsificavam documentos pessoais dos atletas para abrir contas bancárias em nome deles. Em seguida, solicitavam a portabilidade dos salários, fazendo com que os vencimentos passassem a ser depositados nas contas controladas pelos golpistas.

Assim que os valores caíam nas contas fraudulentas, os criminosos realizavam uma série de movimentações — incluindo saques, compras e transferências — para espalhar os recursos rapidamente e dificultar a recuperação dos valores.

A investigação aponta que mais de R$ 1 milhão foi movimentado em nome de terceiros, com boa parte do dinheiro beneficiando pessoas residentes em Porto Velho e Cuiabá. Até o momento, a polícia conseguiu recuperar apenas R$ 135 mil.

Os envolvidos são investigados pelos crimes de estelionato eletrônico, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.