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Pedro Carreiro
Publicado em 25 de julho de 2025 às 20:32
Até pouco tempo atrás, a torcida do Vitória coçava a cabeça de preocupação ao olhar as opções que o clube tinha para a posição de centroavante: Janderson e Carlinhos. Entretanto, com as chegadas de Renato Kayzer e Renzo López, o problema parece ter sido resolvido. A dupla é responsável por cinco dos últimos seis gols marcados pelo clube nos últimos dez jogos e vem mostrando capacidade para assumir o papel de "9" — ainda que usem as camisas 79 e 31, respectivamente. >
Apesar do bom desempenho de ambos, os dois ainda não atuaram juntos. Nas quatro partidas em que Renzo esteve em campo, entrou vindo do banco de reservas, justamente no lugar de Kayzer. Embora ainda não tenham dividido o campo, o camisa 79 acredita que os dois podem jogar juntos, e as características de ambos também indicam isso. Enquanto Kayzer, com 1,78m, é um centroavante mais móvel, que gosta de sair da área, participar da construção das jogadas e tem bom drible, Renzo, com 1,92m, é um centroavante clássico, que atua mais próximo da área e leva muito perigo no jogo aéreo.>
"Acho que podemos jogar juntos. Já atuei fora da minha posição, como camisa 10, e também joguei pelas beiradas. Ele é um atleta que tem agregado bastante para nós. Espero que a gente consiga ajudar o Vitória da melhor forma possível, entregando gols e vitórias para o nosso clube", destacou o centroavante rubro-negro em entrevista coletiva. >
Vitória 2 x 2 Sport
Mas decidir se os dois atuarão juntos ou não cabe ao técnico Fábio Carille. Enquanto isso, Kayzer está focado em ajudar a equipe a conquistar sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão, contra o Mirassol, neste sábado (16), no Estádio Maião, às 18h30, pela 17ª rodada. Se puder colaborar com um gol, melhor ainda. Caso contrário, o importante é garantir a vitória.>
"Fora ou dentro de casa, para mim o mais importante é conquistar os três pontos. A gente sabe da dificuldade que é o campeonato e o quanto é difícil jogar tanto em casa quanto fora, aqui no Brasil. Sempre tem viagens longas, então acho que não posso colocar tanta pressão em mim, porque isso acaba gerando nervosismo, e quando a ansiedade vira nervosismo, a gente não consegue render bem. Então, não me impressiono tanto com isso", revelou o atacante.>
Kayzer também evita pensar em metas pessoais. Artilheiro da equipe no Brasileirão, com quatro gols em nove jogos, se conseguir manter essa média, pode superar sua melhor marca na competição, registrada em 2021, quando marcou 11 gols (8 pelo Athletico-PR e 3 pelo Atlético-GO). Ainda assim, esse tipo de objetivo não o tira do foco.>
"Não me pressiono muito com a questão de alcançar marcas. Prefiro deixar as coisas acontecerem naturalmente. Teve uma época em que me pressionei demais para atingir metas e, no fim, as coisas não aconteceram. Quando você se pressiona demais, cria ansiedade, isso vira nervosismo e você perde o foco", comentou.>