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Alan Pinheiro
Publicado em 17 de julho de 2025 às 05:00
O torcedor do Bahia que esperava força máxima contra o América de Cali, pela Copa Sul-Americana, foi pego desprevenido ao ver que apenas três titulares tinham sido escalados por Rogério Ceni. Com sete mudanças no time titular e um empate sem gols diante dos colombianos, as críticas da torcida se traduziram em vaias ao final da partida. No entanto, a alta minutagem dos jogadores, a carga de jogos e o pouco tempo de descanso explicam a equipe alternativa. >
Antes da pausa para o Mundial de Clubes, o Bahia era o time da Série A com mais jogos disputados no ano. Eram 44 partidas em um espaço de apenas 152 dias. Agora, a conta já soma 47 confrontos no ano. O calendário apertado, repleto de viagens e pouco tempo para recuperação, tornou-se um problema e trouxe consequências. Desde o começo do ano, 10 atletas passaram por casos relacionados a lesões musculares na temporada, totalizando 14 contusões, mas sem reincidentes.>
Logo no retorno do Esquadrão para a segunda metade da temporada, o tempo de descanso foi cortado por mais uma sequência de jogos. Entre o primeiro e o segundo jogo, o time teve um intervalo de 69,5 horas. Já da partida contra os mineiros para o duelo pela Sul-Americana, foram 70,5 horas. Já citado por Rogério Ceni em entrevistas coletivas, o comandante tricolor destacou o desgaste físico dos atletas como o motivo principal para as trocas no time titular.>
“Se a gente repetisse o mesmo time três vezes em seis dias a chance de lesão aumentaria muito. Nosso elenco tem capacidade de mostrar qualquer tipo de jogo, principalmente o meio de campo. No ataque uma lesão tirou o Willian. A gente fez o melhor que podia. Os jogadores são capacitados para isso. Contra um time que defende em linha baixa, o Willian fez falta para fazer mais presença na área. Mesmo assim tivemos chances de vencer a partida”, explicou.>
Vale destacar que o calendário do Bahia aumenta a necessidade por mudanças constantes na escalação com o propósito de preservar a integridade física dos jogadores. Além da competição internacional, o Tricolor ainda disputa Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. >
No atual elenco do Esquadrão, 10 jogadores já possuem ao menos 30 partidas disputadas na temporada. São eles: Cauly (37), Erick Pulga (36), Luciano Juba (35), Everton Ribeiro (35), Lucho Rodríguez (33), Ramos Mingo (32), Caio Alexandre (32), Willian José (32), Jean Lucas (31) e Ademir (31). Destes, o zagueiro argentino é quem mais somou minutos com a camisa vermelha, azul e branca no Campeonato Brasileiro. Ao lado de João Victor, do Vasco, e de três goleiros, o camisa 21 é quem mais jogou na Série A, com 1170 minutos em campo.>
Para efeito de comparação, 13 jogadores disputaram mais de 37 jogos na temporada passada completa. O líder de partidas em campo em 2024 foi o volante Caio Alexandre, com 64 aparições no ano. Já o 10º da lista foi o zagueiro Gabriel Xavier, com 53 jogos. >
Controlando a carga de seu elenco, Rogério Ceni agora conta com um intervalo de três dias antes de enfrentar novamente o Fortaleza. Desta vez, o confronto será válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro e ocorre no sábado (19), a partir das 16h.>