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Alan Pinheiro
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 17:53
A noite da última quarta-feira (5) contou com o confronto entre Bahia e Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. A partida não terminou como o torcedor tricolor imaginava, já que o Esquadrão perdeu o jogo por 3x0. No entanto, o dia foi de comemoração para uma marca pessoal conquistada por Rogério Ceni. O comandante do Bahia chegou ao seu jogo de número 500 na carreira como treinador.>
Contando o revés em Belo Horizonte, o Esquadrão tem 152 jogos como técnico à frente do time, com 80 triunfos, 28 empates e 44 derrotas, resultando em um aproveitamento de 58,77%. O início da passagem do paranaense em Salvador começou em 2023. Após a demissão do português Renato Paiva, Ceni foi escolhido para salvar o time na briga contra o rebaixamento, o que aconteceu justamente contra o Atlético-MG.>
Rogério Ceni
Na segunda temporada, ganhou mais reforços e começou a impôr seu estilo de jogo no time, que passou a ter mais características de valorização da posse de bola. Apesar da perda do título do Campeonato Baiano, a regularidade na Série A levou o time à 8ª posição, o suficiente para levar o Bahia novamente à Copa Libertadores após 36 anos.>
Em sua terceira temporada como treinador do Esquadrão, Ceni alcançou um novo patamar no comando da equipe tricolor. Em 2025, o Bahia conquistou o título estadual e conquistou a Copa do Nordeste, além de continuar na briga pela vaga na Libertadores. Dessa vez, no entanto, o objetivo é a classificação direta para a fase de grupos da competição internacional.>
Além da direção dentro de campo, a importância de Rogério Ceni para o Bahia também se traduz nas conquistas pessoais de seus jogadores. Encaixados no esquema do treinador, o volante Jean Lucas e o lateral esquerdo Luciano Juba foram convocados pelo técnico italiano Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira. Desde 1991, o clube não tinha atletas chamados para reforçar o elenco do Brasil.>
Antes de chegar ao Esquadrão, a caminhada de Ceni à beira do campo começou em 2017, quando assumiu o comando do São Paulo pela primeira vez. Ex-goleiro do Tricolor Paulista, Rogério Ceni e São Paulo são quase indissociáveis, já que o ex-goleiro fez história no clube, único que defendeu como jogador. Foram 1225 jogos disputados e 129 gols marcados.>
A idolatria foi construída como atleta, mas a história como técnico foi diferente. Assumindo o time em fevereiro de 2017, a primeira passagem durou apenas cinco meses. O treinador só iria retornar ao clube paulista quatro anos depois, quando conseguiu mais duas temporadas à frente do time. Ao todo, foram 142 jogos, 64 triunfos, 39 empates, 39 derrotas e um aproveitamento de 54,22%.>
Outro clube que contou com duas passagens do treinador foi o Fortaleza. Após a primeira saída do São Paulo, Ceni assumiu o Leão do Pici na segunda divisão e subiu para a Série A como campeão. Antes do Esquadrão, foi o trabalho em que conseguiu manter sua melhor regularidade à frente de um time. Em três temporadas como técnico do Fortaleza, foram 153 jogos, com 81 resultados positivos, 33 empates e 39 derrotas, um aproveitamento de 60,13%.>
No Cruzeiro, Rogério Ceni teve uma rápida passagem. O treinador comandou os mineiros em apenas oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, resultando em um aproveitamento de 33,33%. Pelo Flamengo, chegou ao seu ápice como técnico ao vencer o Campeonato Brasileiro. Foram 45 jogos à frente do clube carioca, com 23 triunfos, 11 empates e 11 derrotas. O aproveitamento de Ceni foi de 35,55%.>