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Pedro Carreiro
Publicado em 20 de maio de 2025 às 15:38
Após o baiano Ednaldo Rodrigues ter sido afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud deve ser oficialmente anunciado no cargo nos próximos dias. O dirigente foi eleito presidente na Federação Roraimense Futebol (FRF), mas não irá assumir o posto e será o único candidato nas eleições da confederação nacional. Com isso, ele não só assumirá o cargo mais alto do futebol brasileiro, mas também passará a receber um salário altíssimo. >
Antes de ser afastado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na semana passada, Ednaldo recebia uma remuneração fixa paga pela própria CBF. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo em 2024, o salário mensal era de R$ 386,6 mil, o que somava, com o 13º, cerca de R$ 5 milhões brutos por ano.>
A tendência é que esses valores sejam mantidos sob a gestão de Samir Xaud, já que a remuneração é fiscalizada e aprovada pelo Conselho Fiscal da CBF. Vale destacar que a entidade é de natureza privada e os recursos não provêm de dinheiro público.>
Além do salário na CBF, Ednaldo também acumulava benefícios por integrar o conselho da Fifa. Ele recebia uma remuneração anual de 250 mil dólares (aproximadamente R$ 1,4 milhão) e tinha direito a voto em decisões importantes do futebol mundial. Os custos com viagens e reuniões também eram cobertos pela Fifa.>
Samir, no entanto, não contará com essas regalias. Isso porque o Brasil perdeu sua vaga no conselho da Fifa. A Conmebol, responsável por indicar o representante da América do Sul, decidiu transferir a cadeira para Claudio “Chiqui” Tapia, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA). A decisão, no entanto, é provisória — uma nova eleição está prevista para 2027, quando será escolhido o novo representante sul-americano no órgão máximo do futebol mundial.>