Santoro explica não contratação de centroavante pelo Bahia na janela

Tricolor conta com Everaldo e Mingotti para a função

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  • Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2023 às 05:00

Diretor de futebol, Cadu Santoro é o responsável pelas contratações no Bahia
Diretor de futebol, Cadu Santoro é o responsável pelas contratações no Bahia Crédito: FELIPE OLIVEIRA/EC Bahia

O Bahia fechou a janela de transferências com seis contratações, mas a diretoria de futebol deixou uma lacuna no elenco ao não anunciar um centroavante para disputar posição com Everaldo e Vinicius Mingotti. Em entrevista ao canal oficial do clube, o diretor Cadu Santoro falou sobre a busca por um 9 e explicou o motivo de não ter fechado com um atleta para o setor.

"Primeiro, gostaria de valorizar os atletas da posição no elenco. Everaldo, a gente vê algumas críticas, mas é hoje nosso artilheiro e com mais participações em gol. E o Mingotti, que chegou no final da primeira janela, um outro perfil, mais jovem, jogador de finalização dentro da área. Vinha de uma competição, Série B, destaque, e a gente enxerga potencial de crescimento e desenvolvimento. Não só a posição de 9, como outras, temos um departamento de scouting, até agora liderado pelo Fabrício Souza, que trabalhava no Grupo há mais de três anos. E a gente vem olhando para o mercado, analisando as oportunidades. E chegou um determinado momento no mercado que entendemos que as opções do mercado teriam condições que não condizem com o que a gente entende que o atleta vale", iniciou ele.

"O City Football Group como um todo tem uma maneira de avaliar preço de jogador, valor de mercado, potencial de crescimento de valor ou mesmo redução. Até numa maneira que o torcedor pode confiar no nosso trabalho, onde a gente não vai fazer loucuras, gastando mais que o orçamento ou endividando o clube no futuro, a gente decidiu por não fazer esse movimento. Em paralelo a isso, quando houve a lesão do Kayky, colocamos como prioridade encontrar um atleta para essa posição, mas que pudesse jogar por dentro. Ratão tem características distintas de Mingotti e Everaldo, mas é um jogador que também pode fazer a função num determinado modelo de jogo, estratégia que o Renato escolha. Quero que o torcedor entenda que estávamos olhando para o mercado, mas não entendemos ter no mercado uma opção que fizesse sentido", completou Santoro.

O dirigente também falou sobre a possibilidade do Bahia contratar jogadores que estão livres. Como a janela de transferência do futebol brasileiro foi encerrada, apenas atletas sem contrato podem reforçar os clubes.

"A gente entende que quando o mercado se fecha, os jogadores que ficam livres, existe uma limitação de opções no mercado. A gente tem um departamento de scouting, com cinco pessoas e o Fabrício liderando, a gente vem monitorando as opções que estão disponíveis, porém vamos fazer um movimento se for para elevar o nível do nosso elenco atual. É importante o torcedor entender que não é porque o jogador está livre que não tem custo. Tiveram jogadores oferecidos para a gente que o valor de luvas ou comissão era duas, três vezes que investimos em compra de atletas. A gente está, sim, atento ao mercado, disposto a fazer o movimento se perceber que vai elevar nosso nível, porém a gente precisa ter claro quais são as condições dessa operação. Não é só salário, às vezes o valor de uma luva pode ser maior", disse.

Durante o período de contratações, o Esquadrão anunciou as chegadas do goleiro Adriel, dos laterais Gilberto, Camilo Cándido e Caio Roque, do meia Léo Cittadini e do atacante Rafael Ratão.

A partir de setembro o time também contará com Luciano Juba. Ele assinou pré-contrato com o tricolor e espera o fim do vínculo com o Sport para se apresentar ao clube baiano.