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Aos 82 anos, velejador baiano Aleixo Belov parte em uma nova aventura rumo a Sibéria

A viagem deve durar cerca de um ano, com o velejador chegando na Rússia em julho

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 14 de abril de 2025 às 17:23

Veleiro Fraternidade levará a equipe até a Rússia
Veleiro Fraternidade levará a equipe até a Rússia Crédito: Marina Silva/CORREIO

“Esse será o meu maior desafio”. Com essas palavras, Aleixo Belov descreveu a sua próxima aventura pelos mares. Aos 82 anos, o navegador, ucraniano radicado na Bahia, vai enfrentar o percurso da “Passagem Nordeste”, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico através da Sibéria, no extremo-norte da Rússia.

O velejador conta que teve a ideia há cerca de cinco anos. O planejamento para a missão durou cerca de um ano. A previsão é que a viagem dure um ano, com Belov chegando na cidade russa de Murmansk no final de julho, e a travessia pela “Passagem Nordeste” ocorrendo entre os meses de agosto e setembro.

“A viagem não será fácil, o clima é severo, os ventos são fortes e o gelo só abre durante algumas semanas. Se você não estiver lá na hora certa, é obrigado a voltar e, se ficar preso no gelo, tem que esperar até o verão do outro ano. É complicado, mas estamos colhendo informações e realizando os esforços necessários”, afirmou Belov.

A embarcação partiu do 2° Distrito Naval da Marinha do Brasil, no último sábado (12). Para auxiliá-lo nessa missão, Belov conta com uma equipe de 11 tripulantes, composta por brasileiros e russos.

Aleixo Belov com a tripulação no veleiro Fraternidade
Aleixo Belov com a tripulação no veleiro Fraternidade Crédito: Marina Silva/CORREIO

O percurso será realizado pelo Oceano Ártico que, segundo Belov, é o único mar no qual ainda não navegou. Em 2022, ele fez a “Passagem Noroeste”, no mesmo oceano, passando pelo estado americano do Alasca, pelo Canadá e chegando à Groelândia. Agora, ele tenta atravessar pelo outro lado do Ártico.

“Os russos conhecem bem aquela região. Teremos algumas dificuldades, seja com a burocracia da guerra, o GPS e o Starlink que não funcionam, o clima, e o gelo. Além disso, tem os 82 anos (de idade), que eu carrego com os joelhos desgastados, mas não encontrei nada melhor para fazer em terra. Então, vou velejar de novo”, completou.

Um dos tripulantes que acompanha Aleixo é o médico Sérgio Colavolpe. Ele se ofereceu para ir ao Alasca com Aleixo em 2022, mas a viagem não foi possível por causa da data. Agora, Sérgio celebra a oportunidade de participar desta aventura.

“É uma oportunidade única de viajar com alguém dessa envergadura. Esse é o tipo de experiência que muda sua forma de ser, de pensar e de ver o mundo. Estamos muito preparados e a minha expectativa é a melhor possível”, disse.

Outra tripulante é a navegadora Joana Pitombo, 22 anos, que tem agora o seu primeiro contato com o veleiro que levará a equipe até a Rússia. “Essa será uma experiência totalmente diferente da que estou acostumada. Há uma ansiedade, um medo por ser algo novo, mas as expectativas são as melhores possíveis”, falou.

*Com orientação do editor Miro Palma