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Após mortes de preguiças por choques, MP pede medidas de proteção ambiental da Coelba

Morte de animais tem crescido na região da Floresta do Aruá, em Praia do Forte

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 28 de julho de 2025 às 17:44

Preguiça-de-Coleira
Preguiça-de-Coleira Crédito: Reprodução/Prefeitura Municipal de Mata de São João

Após laudos técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Universidade Federal da Bahia (Ufba) apontarem um crescimento de casos em que preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) morreram em decorrência de choques elétricos na Floresta do Aruá, em Praia do Forte, no município de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou à empresa Neoenergia Coelba que adote medidas, em caráter de urgência, para proteger a fauna silvestre na região. A espécie está em risco de extinção.

As indicações do MP foram publicizadas nesta segunda-feira (28) pelo órgão. Em nota, a empresa afirmou que é guiada pela responsabilidade socioambiental e que tem implementado diferentes ações com o objetivo de preservar a vida dos animais da região (confira nota na íntegra ao final da matéria).

De acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia, o inquérito civil apontou que os acidentes ocorriam enquanto os animais estavam de passagem de uma árvore para outra, por conta do contato dos bichos com cabos e postes sem a devida proteção. Laudos do Inema e da Ufba mostraram que várias preguiças morreram eletrocutadas nos últimos meses, e que há um número crescente de registros de acidentes desse tipo na região.

Preguiça-de-coleira por Reprodução/Aruá Observação de vida Silvestre

De acordo com o promotor de Justiça Thomas Bryann, a área da Floresta do Aruá faz parte de um corredor ecológico da Mata Atlântica, essencial para a preservação da preguiça-de-coleira e de outras espécies. “Mesmo com diversas reuniões realizadas com a Neoenergia Coelba, onde foram assumidos compromissos de proteção ambiental, a empresa ainda não apresentou plano completo de adequação da rede elétrica da região nem cumpriu o que foi acordado”, destacou o promotor de Justiça.

O MP-BA orientou ainda que a empresa envie um plano detalhado de ações, com mapa da rede elétrica, cronograma e medidas de proteção. Além disso, a Neoenergia também deverá informar a situação atual das instalações já existentes e das que ainda serão implantadas.

Em nota, a Neoenergia Coelba afirmou que é guiada pela responsabilidade socioambiental e está comprometida com a segurança da preguiças-de-coleira. A empresa afirmou ainda que construção e manutenção da rede elétrica são devidamente reguladas e seguem padrões e normas técnicas que permitem que as necessidades humanas e a preservação do meio ambiente ocorrem de forma equilibrada. Veja na íntegra:

"A atuação da Neoenergia Coelba é guiada pela responsabilidade socioambiental, promovendo a convivência segura da rede de distribuição com a fauna e flora nas diversas regiões da Bahia. A construção e manutenção da rede elétrica são reguladas e seguem normas técnicas que permitem conciliar a necessidade da população com a preservação do meio ambiente.

A expansão imobiliária e o crescimento urbano desordenado impactaram o comportamento dos animais no litoral de Mata de São João, que precisaram se deslocar para outros ambientes visando a subsistência. Durante esse deslocamento, os animais podem acidentalmente acessar a rede elétrica, e para protegê-los, a Neoenergia Coelba tem implementado diversas ações, como a proteção do sistema elétrico na Reserva do Aruá, prevenindo choques em caso de contato dos animais com a rede. A empresa segue em tratativas com o Ministério Público da Bahia (MPBA), buscando uma solução técnica que assegure a preservação das preguiças-de-coleira."