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Caso Sara Freitas: júri popular de motorista que levou cantora até o local do crime ganha data

Demais envolvidos recorreram para não ir a júri popular; Justiça analisa pedido

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 11 de março de 2025 às 21:28

Gideão Duarte
Gideão Duarte Crédito: Reprodução

Gideão Duarte Lima, motorista apontado como responsável por levar a cantora gospel Sara Freitas até o lugar onde foi morta, na BA-093 – onde os executores do crime a aguardavam –, vai a júri popular no dia 15 de abril. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (11) por Rogério Matos, advogado que representa a família da vítima.

O júri vai acontecer às 8h30, no Fórum de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Somente Gideão participará do primeiro júri, uma vez que os outros três acusados de envolvimento com o crime pediram recurso, que está sendo analisado pela Justiça. Com isso, o caso foi desmembrado.

Ederlan Mariano, que era marido de Sara e apontado como autor intelectual do crime, Bispo Zadoque e Victor Gabriel, que são acusados de executarem o assassinato, interpuseram recurso logo após a decisão de irem a júri popular, que foi publicada em agosto do ano passado.

Para o advogado Rogério Matos, optar por recorrer denuncia a culpa dos envolvidos. “Na minha ótica, qualquer decisão de recorrer à decisão da pronúncia – processo que definiu que os envolvidos no crime iriam a júri popular – faz com que eles se acusem. Tem muita prova de todos, inclusive individualizando a participação de cada um. Normalmente, isso se faz quando o réu está solto, mas preso? Não faz sentido. Se houvesse dúvida [sobre a culpa dos envolvidos], eles estariam soltos”, ressalta.

Rogério ainda afirmou que a família de Sara Freitas recebeu a notícia do júri popular com felicidade e com sentimento de justiça. Ele confirmou que os familiares estarão presentes no Fórum de Dias D’Ávila, no dia 15 de abril.

Relembre o caso

O corpo de Sara Freitas foi encontrado carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila, na tarde do dia 27 de outubro de 2023. O marido Ederlan Mariano reconheceu os restos mortais da vítima. Um dia antes, Ederlan havia prestado queixa do desaparecimento da esposa, que não tinha sido vista desde a noite do dia 24 de outubro, após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, para um evento religioso que ocorreria em Dias D'Ávila.

Como o corpo estava carbonizado e irreconhecível, a suposta identificação do corpo só foi possível inicialmente graças aos objetos encontrados ao lado da vítima, apontados como de Sara. No mesmo dia, Ederlan foi preso. Inicialmente, foi divulgado que ele confessou o crime, mas a defesa negou e alegou que ele era inocente.

A investigação do caso levou à prisão de Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como “Bispo Zadoque”, e Gideão Duarte de Lima. A participação de Zadoque no assassinato de Sara Mariano teria sido como receptor da vítima. Após buscar a cantora gospel em casa para levá-la a um culto que não existia, Gideão, apontado como um motorista da confiança dela, a teria entregado a Zadoque. Os dois foram presos entre a noite do dia 14 e a manhã do dia 15 de novembro.

Seis dias depois, a Polícia Civil prendeu Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, como o quarto suspeito de envolvimento na morte da cantora gospel. O mandado de prisão foi cumprido em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Investigado pela 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D'Ávila), Victor Gabriel teve participação tanto no homicídio da artista quanto na ocultação de seu cadáver, conforme apontou a apuração do caso. Ele teria segurado a vítima enquanto Zadoque a esfaqueava.

No dia 19 de dezembro, o Ministério Público Estadual denunciou Ederlan, Zadoque, Gideão e Victor por homicídio qualificado da cantora gospel Sara Freitas. Segundo a promotoria, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima. Eles também foram acusados por ocultação de cadáver e associação criminosa. A Justiça baiana recebeu a denúncia e acatou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, com parecer favorável do MP, contra os quatro.

No dia seguinte a denúncia, o MP divulgou que os quatro suspeitos pela morte da cantora gospel Sara Mariana tinham intenção de usar a imagem da artista para lançar a carreira de Victor Gabriel, um deles, que também é cantor. No texto da denúncia, o MP apontou que que o crime aconteceu porque Zadoque, Victor e Gideão, sob ordens de Ederlan, queriam “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela, para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente".