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Maysa Polcri
Publicado em 9 de novembro de 2025 às 17:12
Uma mulher de 44 anos foi indiciada e uma clínica foi fechada em Vitória da Conquista, na Bahia, após uma paciente sofrer lesões graves durante um procedimento estético no local. De acordo com a polícia, a mulher não possui autorização para realizar os atendimentos. >
A investigação teve início há um mês, através de denúncia de uma cliente que sofreu sequelas graves em decorrência de um procedimento estético invasivo realizado pela suspeita, em fevereiro deste ano. A perícia constatou que as lesões resultaram em deformidade permanente, com impacto estético e psicológico.>
Falsa médica é identificada em Vitória da Conquista
A responsável pelo procedimento se apresentava falsamente como farmacêutica e esteticista, atendendo em endereços distintos e mantendo suas redes sociais em modo privado para ocultar a atividade irregular. Ela foi localizada em uma clínica clandestina localizada na Travessa Adriano Bernardes, no centro da cidade, que havia alugado há cerca de três meses. >
O local foi interditado pela Vigilância Sanitária municipal devido a diversas irregularidades, incluindo a presença de produtos vencidos e ausência de licença sanitária. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) recebeu a denúncia por meio do Departamento de Defesa das Prerrogativas do Médico. >
Durante o interrogatório, a investigada permaneceu em silêncio. Foi confirmado que ela não possui formação superior e responderá por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. As investigações seguem em curso, para verificar a existência de outras vítimas.>
O presidente do Cremeb, conselheiro Otávio Marambaia, informou que a entidade já recebeu 62 denúncias de exercício ilegal da medicina na Bahia, somente neste ano.>
“Na Justiça, já são 23 ações sobre o tema em 2025, sendo 12 delas com decisões favoráveis. Não vamos aceitar que falsários fiquem soltos por aí enganando a população e colocando vidas em risco", afirma. A população pode denunciar casos suspeitos ao Cremeb, pelo e-mail protocolo@cremeb.org.br, ou à Polícia Civil, pelo número 190. >