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Clínica oferece exames gratuitos para pessoas com gordura no fígado

Quando não tratado, o problema pode progredir para doenças mais graves

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 09:04

Imagem de USFF revela quantidade em percentual Crédito: Divulgação 

Uma clínica de Salvador oferece 30 vagas para pacientes com diagnóstico de doença gordurosa do fígado associada a síndromes metabólicas. Os exames – incluindo ultrassom, ressonância magnética e elastografia – serão gratuitos para os participantes que atenderem os critérios: ter pedido médico e não ter histórico de alcoolismo ou de hepatite dos tipos B, C ou autoimune.

Também é necessário apresentar resultados de exames laboratoriais realizados nos últimos seis meses: bilirrubina total, albumina, tempo de protrombina, plaquetas, fosfatase alcalina, creatinina, ALT, AST e GGT.

A iniciativa faz parte de um projeto de pesquisa desenvolvido pela Clínica Matteoni como objetivo validar uma nova técnica de quantificação de gordura hepática, a Ultrasound Fat Fraction (USFF), com o uso de ultrassonografia e inteligência artificial.

Segundo o radiologista Antonio Carlos Matteoni, vice-presidente da Federação Internacional de Ultrassom em Medicina e Biologia, o método USFF é uma alternativa inovadora para calcular o percentual de gordura hepática de forma acessível. “A ressonância magnética, apesar de precisa, tem um custo elevado.

Já a biópsia hepática pode ser invasiva e apresentar complicações. Com o USFF, podemos fornecer aos pacientes um percentual de gordura, essencial para monitorar a evolução do tratamento e manter o estímulo às mudanças de estilo de vida”, explica o especialista.

A pesquisa conta também com a radiologista Luciana Matteoni, especialista em Radiologia Abdominal. Ela destaca que a validação do método se dará ao compará-lo com o padrão ouro atual, a técnica de Proton Density Fat Fraction (PDFF), utilizada em ressonância magnética. “Ao demonstrar a eficácia do USFF, buscamos democratizar o acesso ao diagnóstico, especialmente no acompanhamento de pacientes que precisam revisar periodicamente seus índices de gordura hepática”, afirma.

Problema pode progredir para doenças mais graves

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% da população brasileira apresenta algum grau de gordura no fígado ou esteatose hepática, doença mais prevalente em pessoas com sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Quando não tratado, o problema, associado ao risco de varizes esofágicas e insuficiência hepática, pode progredir para doenças mais graves, como a doença parenquimatosa crônica hepática, esteato-hepatite, fibrose e até cirrose, que comprometem seriamente a saúde do fígado. Cerca de 20% dos pacientes com esteatose hepática evoluem para um desses problemas mais graves.

As principais causas da doença estão associadas a hábitos de vida e condições metabólicas, incluindo alimentação rica em gorduras e açúcares, sedentarismo e consumo excessivo de álcool. Além disso, fatores de risco como hipertensão, colesterol alto e resistência à insulina aumentam as chances de desenvolver a condição. Embora a esteatose em si seja frequentemente assintomática, em estágios avançados os pacientes podem apresentar fadiga, dor abdominal e, em casos graves, sinais de insuficiência hepática.

O tratamento para esteatose hepática envolve principalmente mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e prática regular de exercícios físicos, visando à perda de peso e controle dos fatores de risco. Em alguns casos, medicamentos podem ser indicados para controlar as condições associadas, como diabetes e colesterol alto. A detecção precoce, por meio de exames de imagem e laboratoriais, é essencial para evitar o avanço da doença e proteger a saúde hepática a longo prazo.

De acordo com Antonio Carlos Matteoni, além da gordura no fígado, muitos pacientes também apresentam fibrose hepática, uma condição que pode coexistir ou até mesmo substituir a esteatose em casos avançados.

“O grau da esteatose (quantidade de gordura) não determina, necessariamente, a gravidade da doença hepática. É possível que um paciente com esteatose grau 1 tenha uma condição hepática mais grave do que outro com grau 3. Por isso, além de avaliar a gordura, é fundamental verificar se a fibrose está presente e em que estágio se encontra, pois, em casos avançados, a fibrose pode evoluir ao ponto de substituir a gordura, complicando o quadro clínico”, esclarece o médico radiologista.

Mais informações sobre as vagas do Projeto de Pesquisa podem ser solicitadas através do e-mail administraç[email protected] ou do telefone (71) 9 9984-6410 (Sra. Rose Silva).