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Tancredo Neves Feliciano de Arruda desmentiu que ele e Patrícia Neves foram sequestrados e confessou que matou a delegada após discussão
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2024 às 21:11
Suspeito de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, Tancredo Neves Feliciano de Arruda voltou atrás e contou o que realmente aconteceu na noite de sábado (10). A nova versão foi revelada em depoimento após a audiência de custódia, que aconteceu nesta segunda-feira (12).
Até então, ele sustentava a versão de que foi sequestrado com a namorada. Agora, o autor do crime disse que usou o cinto de segurança para se defender durante uma discussão dentro do carro da delegada.
"Ela veio para cima de mim e nessa hora eu perdi a cabeça", disse, em um vídeo gravado na delegacia, divulgado pela TV Bahia.
Tancredo disse ainda que não premeditou o crime e que inventou a história do sequestro de última hora, para escapar das acusações. "Não foi nada criado, aconteceu. Tanto que não tem nem pé nem cabeça essa história", completou.
O corpo da delegada Patrícia Neves Jackes Aires foi encontrado no banco do carona de um veículo, em uma área de mata, na manhã deste domingo (11), na cidade de São Sebastião do Passé, Região Metropolitana de Salvador (RMS). A Polícia Civil autuou em flagrante o companheiro dela, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, por crime de feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, o homem é o principal suspeito do crime, "cujas investigações encontram-se nas fases preliminares, com perícias em curso, análises de imagens de câmeras de vigilância e outras diligências investigativas". "Ainda não existem elementos que confirmem a informação acerca de um suposto sequestro que desencadeou na morte da delegada", diz nota da PC, em relação ao surgimento da verão nas primeiras horas do dia.
Tancredo Neves Feliciano de Arruda teve a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (12). A informação é da TV Bahia. Procurado, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que o caso está em segredo de justiça. O Ministério Público do Estado da Bahia confirmou ao CORREIO que o caso seguirá sob sigilo.
Tancredo foi colocado em uma viatura com as mãos e pés algemados e levado ao Fórum Cândido Santos, em São Sebastião do Passé, por volta das 14h. A audiência, onde o suspeito confessou o crime, durou cerca de duas.
A decisão do juiz indica que há materialidade indicando a autoria do crime. Questionado pela imprensa se estava arrependido do crime, Tancredo chorou, mas ficou calado.