Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 10:08
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Mimetismo para desmontar um esquema de fraudes bancárias que utilizava falsificação de biometria para se passar por clientes idosos, muitos deles com mais de 100 anos. >
A investigação começou após um alerta da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (CEFRA), da Caixa Econômica Federal, que identificou irregularidades no cadastramento de biometria facial e digital em contas desse público. Segundo a PF, o golpe permitia movimentações indevidas e saques expressivos, com prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão apenas entre clientes da Bahia.>
Os criminosos faziam os registros biométricos fraudulentos em agências da Caixa no Pará, usando pessoas mais jovens para se passarem pelos correntistas idosos. Com os dados incluídos no sistema, o grupo realizava saques em lotéricas e transferências para contas ligadas à organização.>
Entre os investigados estão funcionários da Caixa contratados recentemente. Eles teriam usado o acesso privilegiado dentro das agências para facilitar as fraudes. Até agora, a PF identificou cerca de 20 contas fraudadas vinculadas a unidades da instituição em Guanambi, Salvador, Serrinha, Eunápolis, Feira de Santana, Castro Alves, Cachoeira, Euclides da Cunha, Conceição do Coité e Itamarajú.>
A operação cumpre dois mandados de suspensão do exercício de função pública contra empregados da Caixa e três mandados de busca e apreensão em endereços de Belém e Dom Eliseu, no Pará. Também houve bloqueio judicial de contas bancárias dos suspeitos para tentar esvaziar o caixa do grupo criminoso. As decisões foram expedidas pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Paragominas, no Pará.>