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Maysa Polcri
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 16:50
O governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) o projeto de lei que cria o novo Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado (Cedim). A proposta define valores, deveres e punições para policiais e bombeiros militares. Entre os pontos da lei estão regras mais rígidas sobre o uso de redes sociais. >
O texto, enviado à Casa na segunda-feira (24), estabelece ao longo de 55 páginas princípios como hierarquia, legalidade e respeito aos direitos humanos como pilares da atuação militar. Além disso, detalha quais comportamentos passam a ser considerados transgressões leves, médias, graves ou gravíssimas, com punições que vão de advertência à demissão e cassação de proventos.>
Projeto de Projeto de lei cria regras para militares usarem redes sociaislei cria regras para militares usarem redes sociais
O projeto proíbe que os militares tratem de assuntos internos das corporações em redes sociais sem autorização superior, inclusive quando não se trata de conteúdo sigiloso. Também determina que o militar não pode fazer postagens utilizando fardas, símbolos ou imagens institucionais para autopromoção ou atividades privadas.>
A publicação de críticas, opiniões político-partidárias ou conteúdos que possam macular a imagem da corporação será classificada como falta grave. Já a divulgação de informações, documentos ou dados que comprometam operações ou a segurança do Estado é tratada como transgressão gravíssima, podendo resultar em demissão. O projeto ainda será analisado pelos deputados estaduais. >
Tão logo foi enviado para a Casa Legislativa, o projeto do governo recebeu críticas de parlamentares. Caso do deputado federal Capitão Alden (PL-BA), que classificou a proposta como "extremamente perigosa e preocupante". "Nós não somos contra a punição de militares, que eventualmente cometem desvios de conduta. Mas as regras precisam ser claras e justas. O projeto foi escrito com conceitos abertos, vagos e subjetivos, que permitem punições arbitrárias e censuras", disse. >