Indignado, Jerônimo questiona APLB: 'Qual é a concepção de educação, de escola? Venha debater comigo'

Governador ainda afirmou que a oposição tem usado a expressão “aprovação em massa” - empregada pela APLB para atacar a portaria - para criticá-lo

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Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 20:12

Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues
Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues Crédito: Ana Albuquerque/Correio

Com tom indignado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) convocou, nesta quarta-feira (21), a APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia para debater Educação com ele. A entidade trouxe a público uma portaria editada pelo governo estadual em que estimula os professores da rede a aprovarem os estudantes, mesmo aqueles que não frequentaram as aulas ou não obtiveram êxito em todas as disciplinas.

A APLB-Sindicato viu a medida como incentivo para a “aprovação em massa” dos alunos. "A escola não pode dizer que reprova o estudante que passa o ano inteiro nela. Quando a escola reprova o estudante, que quer permanecer nela, quem deveria ser reprovado é a escola, seja ela qual for. Não faça oposição ao governador maltratando os estudantes. Venha debater comigo. Qual é a concepção da APLB? Qual é a concepção da APLB de educação e escola? Venha debater comigo", disse Jerônimo, durante um evento em Dias D'Ávila.

O governador ainda afirmou que a oposição tem usado a expressão “aprovação em massa” - empregada pela APLB para atacar a portaria - para criticá-lo. Jerônimo voltou a repetir que quer uma escola “inclusiva”. 

“Não tentem me botar contra o professor. Não estou contra o professor. Em momento algum, eu falei que professor é irresponsável. É o modelo da escola, da Educação. Que bota tinta vermelha de reprovar. Que não chama o pai e a mãe para compartilhar. Quando a escola chama o pai e a mãe para compartilhar a educação do filho, a escola fica melhor. Eu agradeço a vocês que estão entendendo o meu recado. Eu entrei na guerra já de concepção da escola. Eu estou questionando como governador. Eu estou questionando a minha escola. Não estou falando mal de escola. Quero fortalecer um modelo de escola inclusiva, emancipatório, cuidadora. Mais do que já somos. Não estou dizendo que a escola não é. Os professores são, mas eu quero mais. Não quero que a gente perca nenhum menino para o crime”, declarou.