Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Publicado em 29 de abril de 2025 às 09:32
A Polícia Federal obteve diálogos de telefone celular que reforçam as suspeitas de que um lobista intermediou um contrato fraudulento para compra de respiradores feito em 2020 pelo Consórcio Nordeste – então presidido ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. As informações são do UOL. >
A Polícia Federal apura indícios de envolvimento do petista na compra fraudulenta de respiradores que nunca foram entregues. A PF encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos foram desviados por meio de sucessivas transferências bancárias. Rui Costa assinou o contato com a empresa Hempcare, que nunca tinha fornecido esse tipo de equipamento. >
O inquérito do caso dos respiradores ainda está em andamento. No início de abril, a Justiça Federal da Bahia devolveu a investigação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso tramitava na primeira instância desde maio de 2023 porque Rui não tinha mais direito ao foro privilegiado de governador. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, modificou o foro privilegiado, e o juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Criminal Federal de Salvador, determinou o retorno da investigação ao STJ, que é responsável por investigar governadores. >
Em delação premiação, a dona da empresa que venderia os respiradores, Cristiana Taddeo, contou que o empresário Cleber Isaac se apresentou como amigo de Rui e da esposa dele, a então primeira-dama Aline Peixoto. No acordo de delação, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ela devolveu R$ 10 milhões que recebeu pelo negócio - os outros R$ 38 milhões teriam sido repassados a outros envolvidos. Em agosto do ano passado, a PF deflagrou uma nova operação sobre o caso e cumpriu busca e apreensão contra Cleber Isaac e outros alvos. >
A reportagem tentou com contato com Rui Costa, por meio da assessoria, mas não houve resposta até a publicação desta matéria. >