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Ministério Público denuncia PM Tchaca e mais 36 envolvidos com exploração de rifas ilícitas

Denúncia divulgada nessa sexta-feira (9) decorre da segunda fase da operação Falsas Promessas

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 10 de maio de 2025 às 08:51

OLázaro Alexandre Pereira de Andrade, o PM Tchaca
O PM Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o Tchaca Crédito: Reprodução

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) denunciou à Justiça 37 integrantes de uma organização criminosa que movimentou milhões a partir da exploração de rifas ilícitas e lavagem de dinheiro proveniente dessa atividade. A denúncia, que ocorreu na quarta-feira (7) e foi divulgada nessa sexta (9), decorre da segunda fase da operação Falsas Promessas, que resultou na prisão do policial militar e influenciador Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Tchaca. Ele foi solto na última segunda-feira (5). Outras 21 pessoas também foram detidas.

No documento do MP, o Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) registra que a organização especializada na lavagem de dinheiro oriundo da exploração das rifas articulou um forte esquema de captação, movimentação e dissimulação de recursos por meio empresas de fachada, pessoas interpostas e laranjas. A cifra movimentada pode ter chegado a R$ 500 milhões.

As investigações apontam que os crimes eram praticadas por múltiplos núcleos organizados que agiam de forma interconectada - todos voltados à exploração de rifas clandestinas e à dissimulação e ocultação dos ganhos ilícitos.

Segundo o Gaeco, os grupos mantinham entre si “relações sistemáticas de cooperação, com compartilhamento de recursos logísticos, financeiros e operacionais, configurando um consórcio delitivo estruturado para maximizar o lucro e dificultar a identificação da origem ilícita dos valores movimentados”.

Ainda de acordo com o MP, eles realizavam a promoção “em escala quase industrial, de rifas clandestinas, que têm seus resultados corriqueiramente fraudados”. O Gaeco diz que as apurações indicam ainda que grande parte dos sorteios das rifas promovidas pelo grupo era fraudada para garantir que os prêmios não saíssem da organização criminosa. Além disso, eles dissimulavam a fonte das receitas e reinseriam os valores na economia formal por meio das empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e movimentações em espécie.

Os envolvidos foram denunciados por crimes como formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar. Entre eles os denunciados estão os líderes da organização, segundo o Gaeco: o rifeiro  José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como Nanan; Ramhon Dias de Jesus Vaz; e Josemário Aparecido Santos Lins. A reportagem está tentando contato com as defesas dos denunciados.