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Millena Marques
Publicado em 9 de abril de 2025 às 15:26
No Brasil, o casamento só pode existir entre duas pessoas, segundo a legislação. No entanto, um caso envolvendo uma governanta baiana e dois irmãos gerou repercussão nesta quarta-feira (9). Isso porque Fábia Almeida, 34 anos, que é esposa de Acel Menezes, 38, descobriu que é casada, legalmente, com o próprio cunhado, Abel Menezes, 39. Os três levaram este susto há quatro anos, quando Abel precisou emitir a segunda via de um documento. >
Difícil entender? Vamos por partes. Fábia e Acel se casaram oficialmente em 2014. Deram entrada na papelada no cartório de Biritinga, no nordeste baiano, mas o casamento aconteceu em Serrinha, cidade vizinha. Em 2021, após Abel Menezes solicitar a segunda via da certidão de nascimento em Birintiga, onde os irmãos foram registrados, o problema foi descoberto. Para o sistema do cartório, Abel e Fábia são casados. >
“Ele (Abel) falou para a funcionária do cartório que não era casado com Fábia. Ela (funcionária) falou que iria demorar para resolver. Abel achou que era um mês, dois meses, e já tem quatro anos nessa situação”, disse Acel. >
Desde 2021, Abel tenta solucionar a questão. “Ele vai diretamente no cartório de Biritinga. Chega lá, mandam ir para o cartório de Serrinha, que diz que está sem juíza. Quando a gente arruma folga no trabalho, vamos na cidade tentar resolver, mas nunca dá certo”, afirmou. >
Atualmente, Fábia e Acel moram no bairro de Abrantes, em Camaçari, na Grande Salvador. São 172 quilômetros de distância entre o município e Serrinha. Já Abel mora em Juazeiro, no norte da Bahia. “A gente recebeu essa informação na esportiva porque achou que iria ser uma coisa fácil de se resolver. Achamos que iria ser uma coisa que iria se resolver da noite para o dia, mas não está sendo assim”, disse. >
Acel acredita que a confusão ocorreu porque os nomes são parecidos. Abel, aliás, nunca foi casado. Acel nasceu no dia 15 de agosto de 1986, enquanto Abel nasceu no dia 16 de agosto de 1985. Um ano e um dia de diferença de idade. “Abel precisa desse documento para conseguir a promoção na empresa de mineração onde ele trabalha”, disse. >
Procurada, a Justiça não respondeu a reportagem até a publicação desta matéria. >