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Mulher seguida por seguranças e acusada de furto denuncia racismo: 'Senti muito medo'

Suiane Souza, 27 anos, foi abordada por funcionários de uma loja em Fortaleza (CE)

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 23 de julho de 2025 às 15:35

Episódio foi registrado no centro de Fortaleza
Episódio foi registrado no centro de Fortaleza Crédito: Acervo pessoal

A tatuadora baiana Suiane Souza, de 27 anos, passeava pelo centro de Fortaleza, capital do Ceará, quando foi surpreendida pela abordagem de três homens que utilizavam roupas pretas e máscaras. Eles eram seguranças de uma loja de variedades que ela tinha visitado minutos antes. A jovem conta que foi acusada de furto e conduzida até o estabelecimento comercial, na rua Barão de Rio Branco. Lá, Suiane foi acusada de furto e obrigada a mostrar a bolsa aos funcionários. 

O caso aconteceu na última sexta-feira (18). A tatuadora, que está na cidade para trabalhar, relata os momentos de tensão e medo que viveu durante a abordagem. "Eles me seguiram por algumas ruas e logo depois me abordaram. Seguraram na minha cintura e na minha bolsa, a todo momento dizendo para eu não chamar atenção de quem estava na rua", relata. Ao chegar na loja, Suiane teve a bolsa aberta por uma funcionária, que não encontrou objetos pertencentes ao estabelecimento. 

"Eles disseram que tinham provas de que eu tinha roubado, imagens de segurança. Eu senti muito medo porque eles já tinham chegado ao ponto de me seguir", completa. Um homem que se identificou como gerente do estabelecimento chegou a dizer para Suiane que os seguranças teriam se confundido e abordado a pessoa errada. 

Mesmo assim, os funcionários mostraram as imagens gravadas pelas câmeras em que supostamente a jovem teria colocado objetos da loja dentro da bolsa. Não é possível identificar que isso tenha acontecido pela gravação. Suiane gravou, com seu celular, o momento da abordagem.

Suiane Souza foi seguida por três seguranças por Acervo pessoal

"Foi uma abordagem desproporcional em cima de um preconceito racial de que pessoas pretas, dentro de uma loja, irão furtar. Apesar de o suposto gerente ter dito que se confundiu, não existiam pessoas com as minhas características na loja. Foi uma desculpa descabida para um estereótipo que eles criaram e me acusaram", denuncia. Suiane registrou um boletim de ocorrência e pretende levar o caso à Justiça. 

O que diz a loja 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Irlan Fidelis, gerente da loja Power LXB, onde a abordagem ocorreu, lamentou o ocorrido e disse que não estava no estabelecimento no momento em que o episódio aconteceu. Ele caracterizou o fato como uma abordagem "inaceitável" por parte dos seguranças. 

"A abordagem foi errada, desrespeitosa e contrária a todos os princípios que defendemos como empresa e como seres humanos. Assim que tomei conhecimento dos fatos, realizei uma apuração imediata e o segurança foi desligado da empresa", afirma. Segundo Irlan Fidelis, um dos seguranças foi demitido da empresa.

Ele diz ainda que Suiane se confundiu ao dizer que um dos funcionários presentes na abordagem era o gerente da loja. Porém, a tatuadora confirma que foi assim que o homem se identificou. A jovem foi procurada por Irlan Fidelis, que se desculpou pelo ocorrido.