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Novo golpe da maquininha se espalha: veja como criminosos roubam a senha do seu cartão

Especialista destaca que os golpes estão cada vez mais sofisticados, dificultando a identificação da fraude no momento em que ocorre

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 05:30

Máquinas de cartão são alvos de fraude
Máquinas de cartão são alvos de fraude Crédito: Shutterstock

As técnicas de fraude têm se tornado cada vez mais sofisticadas, tornando-se praticamente imperceptíveis. A Bahia, inclusive, lidera entre os estados do Nordeste em número de tentativas de fraude, conforme o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Nos três primeiros meses deste ano, o estado contabilizou 184.083 ocorrências. Fraudes como o chamado ‘golpe da maquininha’ ganham espaço diante da crescente vulnerabilidade de dados pessoais.

Esse tipo de crime tem assustado consumidores e comerciantes pela sua complexidade e facilidade de execução. De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), os estelionatários que aplicam o 'golpe da maquininha' se passam por técnicos responsáveis pela manutenção das máquinas de cartão. Durante a suposta intervenção, eles instalam aplicativos maliciosos capazes de capturar as informações dos cartões utilizados.

“Assim que a vítima inserir o cartão, os dados são corrompidos e enviados ao criminoso via aplicativo. Em compras por aproximação, por exemplo, ocorre um erro que obriga o usuário a inserir o cartão manualmente”, explica a PCPR na cartilha ‘Não Caia Nessa’. Até mesmo a senha digitada pode ser registrada para uso posterior dos golpistas.

Essa fraude lembra golpes antigos, como o ‘chupa-cabra’, que consistia na instalação de dispositivos em caixas eletrônicos para capturar dados e senhas dos usuários.

Bruno Bittar, especialista em cibersegurança, ressalta que, embora outras fraudes tecnológicas existam, o aumento do uso das maquininhas tornou esse golpe mais frequente. As ferramentas utilizadas pelos criminosos são tão avançadas que passam despercebidas.

“Não há nenhum sinal visível, é tudo elegante e invisível. Tem sistemas que te cobram R$ 40,00 numa pizza, porém, a adulteração adiciona um zero a mais e a cobrança vai para R$ 400,00. Isso ocorre muito”, diz.

Segundo Bruno, os fraudadores preferem máquinas que operam com sistema Android. “Eles instalam softwares adulterados para operações de crédito ou débito, ou sistemas adulteradores, que registram a senha digitada no teclado”, detalha.

Por isso, ele recomenda atenção ao realizar pagamentos: “Prefira sempre fazer o pagamento preferencialmente por PIX, digitando a chave, confirmando o valor, tudo de forma manual. A forma de pagamento em dinheiro continua sendo a mais segura, enquanto existir circulação”.

O especialista também destaca que pagamentos por aproximação (NFC) oferecem mais segurança, graças à dupla autenticação, e que cartões virtuais e carteiras digitais auxiliam na proteção contra essas fraudes.

1) Phishing: criminosos enviam links maliciosos para roubar dados e informações de cartão de crédito por Shutterstock

O que fazer caso seja vítima do golpe

Se você sofrer um golpe, o ideal é acionar imediatamente o banco e a Polícia Civil. Informe ao gerente ou ao serviço de atendimento do banco emissor sobre a movimentação suspeita e conteste a cobrança.

Também é fundamental registrar um boletim de ocorrência, presencialmente ou online, reunindo documentos que comprovem a fraude, como extratos e comprovantes.

Se for comerciante, notifique a empresa responsável pela máquina para que seja investigada a origem da adulteração e receba orientações sobre os próximos passos.