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Millena Marques
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 11:10
Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas nesta quarta-feira (10) e quinta-feira (11). A categoria docente decidiu que a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) se somará aos protestos que ocorrerão em âmbito nacional contra a Reforma Administrativa. >
A organização da paralisação em todo o país é feita por entidades representativas do funcionalismo público federal, estadual e municipal. Na Uneb, a orientação da assembleia, que aconteceu na tarde da última sexta-feira (5), é que ocorram atividades de mobilização, tanto na capital quanto nos campi do interior. >
A categoria docente deliberou na assembleia que, no campus de Salvador, aconteceram seminários que terão como pauta questões que afligem a categoria docente. Na quarta-feira (10), o tema será a Reforma Administrativa e os impactos no serviço público e na sociedade. >
Para a quinta-feira (11), a discussão será sobre a pauta interna do movimento docente, a exemplo do direito ao adicional de insalubridade. O assunto fará parte da próxima reunião entre os professores das universidades estaduais da Bahia e o Governo do Estado, prevista para a terça-feira (16). Além disso, docentes dos campi do interior farão atividades específicas em seus departamentos. >
A proposta de Reforma Administrativa amplamente combatida pelos sindicatos, inclusive pela Aduneb, no governo de Jair Bolsonaro, voltou a ganhar força neste semestre após o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que tal reforma seria uma das prioridades de seu mandato à frente da Casa de Leis. Motta criou um grupo de trabalho, coordenado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), e que possui 18 parlamentares. O texto final ainda não foi divulgado. >
“De maneira ardilosa e representando os interesses de setores nacionais que desejam o desmonte do Estado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que a reforma será para gerar ao Estado maior capacidade de atendimento em saúde, educação, segurança e infraestrutura. Porém, a análise das propostas discutidas nos evidencia que a intenção é a precarização dos serviços públicos em detrimento da valorização dos serviços de empresas privadas, que são vendidos como mercadoria e geram lucro”, disse a coordenadora de Comunicação da Aduneb, Kátia Barbosa. >
Confira a agenda nacional de mobilização >
08 a 12/09 – Comissão Nacional de Mobilização (CNM) convocada para Brasília >
10 e 11/09 – Paralisação contra a Reforma Administrativa e pelo cumprimento integral do Acordo nº 10/2024 >
11/09 – Audiência Pública na Câmara dos Deputados >
22 a 27/09 – Jornada Nacional de Lutas contra a Reforma Administrativa (com indicativo de construção de caravanas à Brasília) >