TESTEMUNHA DE DEFESA

'Um grande profissional', diz tenente-coronel sobre policial suspeito de matar o menino Joel

Militar foi a primeira testemunha de defesa ouvida no julgamento

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  • Bruno Wendel

Publicado em 6 de maio de 2024 às 13:27

Menino Joel tinha 10 anos quando foi morto dentro de casa Crédito: Reprodução

A primeira testemunha de defesa dos acusados de matar o menino Joel foi ouvida no início da tarde desta segunda-feira (6), no primeiro dia de júri do caso. Um tenente-coronel, que terá seu nome preservado, deu detalhes sobre a operação policial que aconteceu no dia em que a criança foi morta por uma bala que saiu da arma de um policial.

 São julgados pela morte do menino o ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza e do tenente PM Alexinaldo Santana Souza. Foi da arma de Eraldo que partiu o tiro que matou o menino. Já o tenente foi denunciado pela Ministério Público porque estava no comando da operação.

"Foi um dia bastante tenso. Eu não participei das operações, mas foi um dia muito tenso. Presença de homens armados no local, com intensa troca de tiros", lembra o então subcomandante da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar. A versão é contrária à que foi dada por uma testemunha da acusação, um morador do Nordeste de Amaralina, que afirmou que não houve confronto policial.

O militar defendeu seu subordinado e chegou a elogiar a postura profissional de Eraldo. "Desempenhou todas as atividades demandadas, organizou os arquivos da unidade, um grande profissional", exaltou.

Perguntado se a central de polícia acionou a unidade para realizar alguma operação no dia em que Joel morreu, no Nordeste de Amaralina, local da morte, o militar de alta patente limitou-se a dizer que "não tem certeza".

Sobre a ausência de socorro à vítima, o tenente-coronel argumentou que, na época, a instrução era diferente. "Hoje, a orientação é que se chame o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). À época, a gente socorria as vítimas", respondeu, sem comentar uma possível omissão de socorro à criança. 

Para compor o júri, foram escolhidos cinco homens e duas mulheres. Além deles, foram convocadas outras 14 testemunhas -  quatro de acusação e 10 de defesa, sendo cinco de cada réu.