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Carol Neves
Publicado em 30 de julho de 2025 às 14:01
O forte terremoto de magnitude 8,8 registrado nesta quarta-feira no extremo leste da Rússia chamou a atenção pelo risco de tsunami e também pela intensidade. O tremor gerou alertas em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico, incluindo Japão, Estados Unidos, Colômbia, Equador e Nova Zelândia. No Japão, ondas chegaram a atingir o porto de Ishinomaki, na província de Miyagi. >
Considerado um dos abalos sísmicos mais potentes desde 2011, o terremoto levanta uma pergunta comum sempre que eventos desse tipo ocorrem: como se mede a força de um tremor de terra? A resposta mais conhecida está na Escala Richter.>
Criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles F. Richter, a escala permite estimar a magnitude dos terremotos com base em dados coletados por sismógrafos, aparelhos que detectam os movimentos do solo. Dois fatores principais são considerados: a duração do tremor e a amplitude das ondas sísmicas.>
O que torna a Escala Richter tão expressiva é seu formato logarítmico: cada ponto a mais representa uma energia dez vezes maior do que o grau anterior. Ou seja, o terremoto de 8,8 desta quarta-feira é dez vezes mais forte que um de 7,8 e cem vezes mais potente que um de 6,8.>
Terremoto na Rússia
Apesar de não ter um limite teórico definido, o maior terremoto já registrado aconteceu no Chile, em 1960, com magnitude 9,5, deixando quase 6 mil mortos. Tremores com intensidade entre 8,0 e 8,9 são raros e costumam ocorrer em média uma vez por ano no mundo.>
Mas o número alto na escala não é sinônimo direto de destruição. A gravidade de um terremoto depende também de fatores como profundidade do epicentro, proximidade de áreas povoadas e qualidade da infraestrutura local. O exemplo mais trágico é o terremoto de 7,0 graus no Haiti, em 2010, que matou cerca de 300 mil pessoas, mesmo com uma magnitude inferior.>
Hoje, muitos especialistas utilizam também a chamada Escala de Magnitude de Momento (Mw), considerada mais precisa para grandes eventos sísmicos, especialmente com o uso de sismógrafos modernos.>