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Monique Lobo
Publicado em 9 de abril de 2025 às 15:23
O presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, anunciou, na tarde desta quarta-feira (9), que vai pausar por 90 dias a cobrança das tarifas em todos os países que não retaliaram a cobrança imposta por ele. Além disso, informou que os impostos serão reduzidos a 10% para todos, exceto a China. >
"Com base no fato de que mais de 75 países entraram em contato com representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e de Representação Comercial (USTR), para negociar uma solução para os temas em discussão relacionados a comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação cambial e tarifas não monetárias, e que esses países, por minha forte recomendação, não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, autorizei uma PAUSA de 90 dias, e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, também com efeito imediato", escreveu o presidente americano em sua rede social, a Truth Social. >
Para os chineses, Trump anunciou uma taxa de 125%, após o país asiático retaliar a medida americana com uma tarifa de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos.>
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis", acrescentou. >
O Ministério das Finanças da China anunciou, também nesta quarta, a imposição de tarifas de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos. A medida entra em vigor já nesta quinta-feira (10), e representa um aumento expressivo em relação aos 34% que haviam sido aplicados na semana anterior.>
Com a nova tarifa, o governo chinês eleva em 50 pontos percentuais a carga tributária sobre produtos americanos, em resposta direta à escalada promovida pelos Estados Unidos, que também implementaram uma tarifa extra de 50% sobre as importações chinesas nesta quarta, o que fez com que a alíquota total sobre os produtos da China atingisse 104%.>