Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Turistas italianos são investigados por matar civis em 'safari humano'

Atiradores chegaram a pagar até 100 mil euros para atingir homens, mulheres e crianças

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 19:34

Sarajevo
Crime aconteceu na cidade de Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina Crédito: Shutterstock

Uma investigação em Milão, na Itália, aponta que turistas italianos pagavam até 100 mil euros, o equivalente a R$ 611 mil, para caçar pessoas inocentes em Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, no que foi considerado um "safari humano".

A investigação aberta pela Procuradoria de Milão, divulgada pelo jornal La Repubblica, revelou que os turistas saiam da cidade de Trieste, no nordeste da Itália, para Sarajevo de avião e helicóptero. Lá, eram levados até as colinas da capital da Bósnia e Herzegovina, onde recebiam armas para atirar em civis. Adultos e crianças eram alvos dos atiradores.

As execuções aconteceram entre os anos de 1992 e 1996, mas ganharam repercussão desde o lançamento do documentário "Sarajevo Safari", do diretor esloveno Miran Zupanic, em 2023, e especialmente nos últimos dias, após a reportagem do jornal italiano.

O crime também foi denunciado pelo escritor Ezio Gavazzeni, com a ajuda do advogado Nicola Brigida e do ex-juiz e advogado Guido Salvini, que descreveu a prática como uma "caçada humana".

Segundo relatos, havia uma variação de valores para matar homens, mulheres e crianças.

A reportagem do jornal italiano sobre a apuração da procuradoria também apontou que os atiradores eram, em maioria, políticos e simpatizantes da extrema-direita, incluindo empresários, médicos e mercenários, com idades entre 40 e 50 anos.

De acordo com os promotores e o Esquadrão de Operações Especiais (ROS) dos Carabinieri - uma das quatro Forças Armadas da Itália, testemunhas serão convocadas a depor. Entre as testemunhas está o ex-funcionário da agência de inteligência da Bósnia, que afirmou que o Serviço de Inteligência e Segurança Militar (Sismi) da Itália foi alertado sobre a situação no ano de 1994.

Um oficial da Eslovênia, um bombeiro e os pais de uma bebê de um ano que foi morta no "beco dos atiradores" também devem ser ouvidos.

Alguns dos turistas que participaram do crime também já foram identificados. De acordo com o jornal italiano, um deles era dono de uma clínica particular em Milão. Eles serão julgados por homicídio doloso agravado por crueldade e motivos torpes.

Tags:

Crime Itália Safari Turista