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Jerônimo agride CORREIO e adversários após ser questionado sobre fuga em presídio na Bahia

"É inaceitável que a maior autoridade do estado, eleita pela maioria dos baianos, não esteja disposta a dialogar com a imprensa de forma respeitosa e transparente", diz nota do jornal CORREIO

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 12:43

Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues
Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues Crédito: Arisson Marinho /CORREIO

Pela terceira vez neste ano, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), agrediu ao CORREIO e adversários políticos ao ser questionado, nesta segunda-feira (16), pelo repórter do jornal sobre a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no sul do estado. Até o momento, ninguém foi preso novamente e três foram mortos pela polícia (saiba mais aqui).

Perguntado sobre como tem acompanhado a busca pelos criminosos, que chegou ao quarto dia, Jerônimo deu uma resposta de 2 minutos, mas dedicou apenas 20 segundos para falar da situação. No restante do tempo, agrediu o CORREIO ao qual voltou a chamar de “jornaleco” e atacou o seu oponente, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil).

Sobre a situação no presídio de Eunápolis, Jerônimo limitou-se a dizer: “Na mesma noite (das fugas), eu pedi que demitisse a diretora, toda equipe desceu para lá: Polícia Militar, delegados, já acionei a Polícia Federal. Eu vou pedir ao secretário para fazer uma avaliação. Eu quero sentar com ele essa semana para saber se tem mais diretor dando mole”.

O governador não respondeu à pergunta sobre os problemas no presídio que facilitaram a fuga dos criminosos. Na entrevista coletiva, o chefe do Palácio de Ondina cobrou que os oponentes se manifestem sobre a Operação Overclean, da Polícia Federal, e o CORREIO publique mais informações a respeito da ação policial.

Na semana passada, agentes da PF cumpriram mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A operação “Overclean” tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Ataques

Essa é a terceira vez no ano que a maior autoridade do estado ataca o CORREIO. Em outubro deste ano, Jerônimo Rodrigues agrediu o veículo após o jornal divulgar uma pesquisa do instituto Atlas segundo a qual 65% dos soteropolitanos desaprovam o desempenho do petista à frente da gestão estadual. Ele chamou o CORREIO de "jornaleco" e disse que a pesquisa foi contratada pelo jornal, o que não era verdade.

Em junho, o veículo foi chamado de “jornaleco” e “panfleto” depois de publicar que o governador foi vaiado durante apresentação do forrozeiro Flávio José no São João de Amargosa, no Recôncavo baiano.

Nota do jornal

O CORREIO lamenta profundamente a postura ríspida do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, em relação ao repórter Wendel de Novais, que, no exercício de suas funções, buscava informações de interesse público para a sociedade baiana.

Ao ser questionado sobre a fuga de criminosos do Conjunto Penal de Eunápolis, tema crucial para o debate sobre a segurança pública no estado, o governador tentou constranger o profissional e reagiu de maneira inadequada, com despreparo para lidar com um questionamento legítimo e relevante.

É inaceitável que a maior autoridade do estado, eleita pela maioria dos baianos, não esteja disposta a dialogar com a imprensa de forma respeitosa e transparente.