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Yan Inácio
Publicado em 17 de julho de 2025 às 21:27
O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) aprovou, nesta quinta-feira (17), com três ressalvas, cinco ênfases e 112 recomendações as contas do governador Jerônimo Rodrigues (PT), em sessão plenária conduzida pelo presidente da Corte, Marcus Presídio.>
As contas são relativas ao exercício de 2024, segundo ano de gestão do petista. O governo estadual terá um prazo de 120 dias para elaborar um plano de ação para corrigir as fragilidades apontadas no relatório de auditoria. Nas ressalvas, o TCE apontou que o governo do Estado executou, em 2024, um total de R$ 1,7 bilhão em dívidas ou compromissos de anos anteriores, mas essas despesas já eram conhecidas em 2023, e por isso deveriam ter sido previstas ou registradas no exercício do primeiro ano de gestão.>
Além disso, alguns órgãos do governo assumiram compromissos de gastos acima do que tinham disponível no orçamento, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que é ilegal. Também foram apontadas fragilidades no controle da inadimplência na prestação de contas de convênios e congêneres, incluindo a ausência de um sistema de gestão de convênios e de uma plataforma eletrônica adequada para o controle das parcerias.>
As cinco ênfases, que são assuntos relevantes que merecem atenção por parte da administração estadual, destacadas no voto do relator, foram a revisão dos instrumentos de planejamento, com foco no Plano Plurianual 2024–2027, que não tem integração entre compromissos, iniciativas e indicadores, a atenção às dívidas relacionadas a aposentados e pensionistas, que segue em crescimento. >
Assim como o acompanhamento das auditorias contratuais para a construção da Ponte Salvador–Ilha de Itaparica, com destaque para a complexidade do projeto. Também foi enfatizada a manutenção de contas bancárias sem escrituração contábil; e a revisão das cláusulas econômicas do contrato da Parceria Público-Privada (PPP) da Fonte Nova, que ainda será julgada pelo TCE.>
As 112 recomendações aprovadas foram distribuídas entre várias áreas da administração, como planejamento, gestão de ações de políticas públicas e transparência, gestão orçamentária, financeira e fiscal, controle interno e questões constitucionais e legais. A procuradora-geral do Estado, Bárbara Camardelli, participou da sessão e fez a defesa das ações e posições da administração estadual, além de dar explicações a respeito de itens que foram ressalvados ou integraram as recomendações.>
Também estiveram presentes à sessão, entre outras autoridades da administração estadual, Afonso Florence, secretário da Casa Civil do governo, Marcelo Werner, secretário da Segurança Pública; Luís Augusto Peixoto Rocha, advogado-geral do Estado; José Trindade, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). O processo agora será encaminhado para a apreciação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).>