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Wendel de Novais
Publicado em 13 de novembro de 2025 às 08:14
Cinco dias após a agressão que revoltou Salvador, o caso do porteiro que agrediu uma colega de trabalho na guarita de um condomínio no bairro de Itapuã segue gerando repercussão. Depois das imagens da agressão, que foi flagrada por câmeras de segurança, o suspeito chegou a sumir, foi denunciado e se apresentou à polícia. >
Apesar da ida à Delegacia Territorial de Itapuã (12ª DT), onde foi denunciado, Diego Lima foi ouvido e liberado. O porteiro é investigado por lesão corporal. O CORREIO reuniu tudo o que se sabe sobre a agressão, o que foi feito com o suspeito e a vítima e a investigação que será feita contra Diego. >
Porteira foi agredida por colega
Agressão >
O crime foi registrado por volta das 13h do último sábado (8), pouco após o suspeito chegar ao Condomínio Canto Belo, na região do Aeroporto Internacional de Salvador. Tanto Diego como a vítima estavam na guarita em que trabalham no prédio, já que os dois costumam trocar o turno um do outro no local. >
Nas imagens, que o Correio teve acesso, é possível ver a vítima discutindo com o agressor dentro da portaria. No decorrer da discussão, o homem pega um capacete que estava sobre a mesa e começa a bater diversas vezes na cabeça da colega, que mal conseguiu se proteger e acionou socorro em seguida. >
Como o crime aconteceu?>
De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima explicou que estava trabalhando, como de costume, na portaria quando o suspeito, pilotando uma motocicleta, tentou entrar pela contramão. >
Ao ser impedido por ela e receber uma advertência pelo comportamento, o porteiro teria se irritado. O caso foi registrado em seguida pela vítima, que ficou abalada e em choque com a reação de Diego ao ser questionado por ela. >
Por que Diego não foi preso? >
Após as agressões, quando percebeu que a vítima acionaria outros colegas de trabalho do local, o suspeito agiu rápido para pegar as suas coisas e sair da cena de crime. No vídeo, no entanto, antes de fugir, ele ainda ataca novamente a colega com um tapa >
Por conta disso, Diego não foi preso em flagrante pelas agressões. Mesmo após ser denunciado, ele sumiu por três dias até se apresentar de maneira espontânea na 12ª DT na tarde da última terça-feira (11). >
Demissão de suspeito e afastamento de vítima >
O Condomínio Canto Belo, onde suspeito e vítima trabalhavam, se manifestou por meio de nota, destacando o afastamento de Diego em um primeiro momento. Após isso, o Grupo Solução, empresa terceirizada que é responsável pela segurança do condomínio, emitiu nota confirmando a demissão do suspeito. >
A vítima, que tem identidade preservada, ficou abalada por conta das agressões e foi afastada temporariamente para se recuperar do ocorrido. “A colaboradora está recebendo acompanhamento psicológico e jurídico integral, sendo amparada por nossa equipe especializada e afastada de suas atividades até que se sinta plenamente apta a retornar”, informou o Grupo Solução em nota. >
Investigação >
O caso é investigado pela 12ª DT por lesão corporal grave. >